O Governo do Estado do Amazonas confirmou um surto de febre oropouche, doença com sintomas semelhantes aos da dengue, após registrar mais de 1,6 mil casos. A informação é do g1.
O número é maior do que o total registrado em todo o ano de 2023, que acumulou 995 ocorrências. Os dados mais recentes constam no Informe Epidemiológico das Arboviroses - divulgado semanalmente pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas -, que se refere ao período de 1° de janeiro a 29 de fevereiro de 2024.
A Fundação afirmou que o reconhecimento do surto se baseia em critérios do Ministério da Saúde, para o qual o evento incomum é caracterizado pelo aumento repentino no número de casos em uma área específica durante um determinado período.
O que é a febre oropouche?
A febre oropouche é transmitida por um mosquito popularmente chamado de maruim ou meruim, que é 20 vezes menor do que o Aedes aegypti. A arbovirose apresenta sintomas como dor de cabeça, muscular, nas articulações, náuseas e diarreia, entre outros.
Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o mosquito carrega o vírus por alguns dias. Quando pica outra pessoa saudável, pode passar o agente para ela.
Em casos raros, a febre do Oropouche pode causar complicações sérias, como meningite ou encefalite, que afetam o sistema nervoso central.
Até o momento, a doença não possui tratamento específico.
Alerta de saúde pública
Além do Amazonas, a confirmação de um caso da febre oropouche, no Rio de Janeiro (RJ), acendeu alerta das autoridades públicas de saúde, na última semana.
Detectado pela primeira vez no Brasil na década de 1960, o vírus provocou casos isolados e surtos nos estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul, como Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela.