O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, se envolveu em polêmica após chamar o congolês Moïse Kabamgabe de "vagabundo". O africano foi morto por espancamento em um quiosque no Rio de Janeiro no mês passado. Familiares e representantes do grupo Comunidade Congolesa no Brasil repudiaram a fala e estão pedindo a exoneração do gestor.
Nas redes sociais, Camargo fez um post afirmando que o congolês "andava e negociava com pessoas que não prestam" e que "foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes".
"Ele disse que o Moïse era vagabundo. Ele conhecia o Moïse? Só vagabundo conhece vagabundo. E ele é o maior vagabundo de todos. Não merece estar onde está. Ele não está representando ninguém", comenta o primo de Moïse, Yannick Iluanga Kamanda, ao jornal Extra.
O presidente do grupo Comunidade Congolesa no Brasil, Fernando Mupapa, afirmou que Sérgio "é um parasita que se diz negro. Não é um ser humano".
"Se fosse, deveria ter um pingo de respeito e dignidade para falar assim sobre uma pessoa que foi brutalmente assassinada", disse Mupap.
Também nas redes sociais, Camargo havia publicado horas antes que "não existe a menor possibilidade" de a Fundação Palmares homenagear o congolês, pois, segundo ele, Moïse foi vítima de um crime brutal mas "não fez nada relevante no campo da cultura".