Quem é Marcela Ferreguete, suspeita de chefiar tráfico que se entregou à Polícia a pedido do filho

Ela é suspeita de chefiar o tráfico de drogas na Região Serrana do Espírito Santo e ser uma das mulheres mais procuradas do Estado

Suspeita de chefiar o tráfico de drogas, em Santa Teresa, na Região Serrana do Espírito Santo, além de ser uma das mulheres mais procuradas do Estado, Marcela Ferreguete, de 23 anos, se entregou à Polícia, no último domingo (6), após um pedido do filho de apenas seis anos. Ela estava foragida há um ano.

Segundo o delegado Leandro Barbosa, da Delegacia de Santa Teresa, Marcela se dedicava há anos ao tráfico de drogas do bairro Vila Nova, na Grande Vitória. “Responde a três processos criminais por tráfico de drogas e há anos se dedica ao tráfico de drogas da cidade”, disse o delegado.

Conforme matéria publicada pelo G1, em junho deste ano, ela já integrava a lista de mulheres mais perigosas do Espírito Santo ao lado de quatro mulheres com idade entre 23 e 53 anos. Na lista, há traficantes e homicidas.

“CAÍ NA REAL”

Em entrevista concedida à TV Gazeta, Marcela disse que “caiu na real” e decidiu se entregar. “Eu me entreguei. Cansei de correr. Caí na real. Eu vivia em um mundo de ilusão, armas, drogas, curtição e dinheiro. Comecei por falta de apoio de familiares, falta de oportunidades. Por vontade própria”, disse ela.

Para Marcela é o momento de “começar tudo do zero” e “cuidar dos seus filhos”.

“A gente vê as consequências e não vale a pena. Todo mundo viu o meu rosto. Cansei de correr. Estou fugindo há um ano. Meu filhinho me pediu para me entregar. Foi o momento que caí na real. Eu me senti um lixo. Vou começar tudo do zero depois que sair de lá, vou cuidar dos meus filhos.”

Além da criança de seis anos, Marcela tem outros três filhos, sendo o mais novo com nove meses.

PRISÕES ANTERIORES

Segundo a Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus), Marcela já havia sido presa anteriormente. O primeiro registro dela no sistema prisional é de abril de 2018 pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico de drogas. Em 2021, ela deu entrada novamente no sistema prisional e, em janeiro de 2022, passou a cumprir prisão domiciliar.

O delegado Leandro Barbosa, em junho deste ano, informou à Justiça que Marcela não estava cumprindo a prisão domiciliar — referente a um dos três processos em andamento contra ela. Com isso, foi aberto um mandado de prisão preventiva pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Após Marcela ser encaminhada ao presídio, na manhã desta segunda-feira (7), a Polícia Civil informou que, da lista de seis mulheres foragidas, foram presas Marcela e Thayla Costa Brasiliense e Aline Rodrigues Felipe.

Com isso, a corporação segue com as buscas por Rúbia Cássia Silva Santos de Souza, Elis Regina da Rocha Fernandes e Iven Silva da Rosa Santos, que também possuem mandados de prisão em aberto por crimes em Santa Teresa ou em outros municípios da região.