Criado em 2004 pelo Governo Federal, o Programa Universidade para Todos (Prouni) é uma das principais portas de entrada para a universidade no Brasil.
Ele consiste, basicamente, na concessão de bolsas de estudo integrais e parciais (de 50%) a estudantes de cursos de graduação em instituições privadas de ensino superior.
O benefício prioriza estudantes de baixa renda, vindos de escola pública ou que tenham estudado com bolsa integral em escola particular. Além disso, para ter acesso às bolsas, é preciso, antes de passar pela seleção aplicada pela instituição privada, ter se submetido ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Legado dos Haddad
O Prouni é parte do legado de Fernando Haddad (PT) no Ministério da Educação.
A ideia surgiu a partir de conversas entre o petista, que, à época, era secretário-executivo da pasta, e a esposa, Ana Estela Haddad, que trabalhava no gabinete do então ministro, Cristovam Buarque — ele foi substituído em 2005 por Haddad na segunda gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O casal pensou no Prouni como uma solução para a quantidade exorbitante de jovens pobres que enviavam cartas ao ex-presidente Lula para pedir ajuda porque estavam inadimplentes com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Quem pode receber bolsas do Prouni?
O Prouni foi estabelecido pela Lei Federal nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005. Pelas regras, podem se candidatar a bolsas integrais e parciais:
- Quem estudou o ensino médio na rede pública ou particular como bolsista integral;
- Quem estudou parte do ensino médio na rede pública ou particular como bolsista integral;
- Professores da rede pública de ensino. Nesse caso, as vagas são para os cursos de licenciatura, normal superior e pedagogia, destinados à formação do magistério da educação básica.
Nos dois primeiros casos, somente, é considerada a renda familiar mensal.