O pai do menino Henry Borel, Leniel Borel, disse estar inconformado com a notícia de que a babá da criança sabia de supostas agressões sofridas pelo filho na casa da mãe, Monique Medeiros, e do padrasto, o vereador Dr. Jairinho. As informações são do portal UOL.
Ele acredita que a babá, Thayná de Oliveira, deveria ter lhe contado o que estava ocorrendo com a criança. "Eu me senti enganado. Eu não conhecia a babá do Henry, mas ela tinha meu telefone, deveria ter me avisado disso. Por que ela não me comunicou das agressões?", questionou o pai. Ele suspeita que até os avós maternos de Henry souberam desses episódios de agressões.
Acordo com a mãe
Leniel Borel diz ter combinado com Monique que daria 20% do salário dele, pagaria metade dos vencimentos da babá e o plano de saúde do filho. Embora ajudasse a pagar o salário de Thayná, ela foi contratada pela mãe da criança.
Um dia após a babá ter relatado as agressões que o menino teria sofrido com Dr. Jairinho, a mãe, Monique, levou o filho ao Hospital Real Dor, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. O menino foi atendido na unidade no dia 13 de fevereiro, segundo registros do boletim médico, exibidos pelo Fantástico, da TV Globo.
O pai destacou que, embora estivesse a trabalho em Macaé, ficou sabendo do episódio. A ex-esposa, contudo, informou que o filho tinha caído da cama. "A Monique me mandou uma mensagem no dia 13 de fevereiro, de que o meu filho tinha tido uma queda da cama, mas em Bangu, possivelmente na casa da avó e que estava mancando. Perguntei como ele estava, se havia sido grave, mas ela disse que já estava tudo bem e ele estava melhor", comentou.
Prisão de mãe e padrasto
Após mandados expedidos pelo 2º Tribunal do Júri, tanto Monique quanto Jairinho foram presos temporariamente por 30 dias. A Polícia investiga crime de homicídio duplamente qualificado — por motivo torpe e sem que a vítima pudesse se defender.
Para a Polícia, Henry Borel morreu por causa de agressões. Dr. Jairinho, inclusive, já tinha histórico de violência contra o enteado. O parlamentar, de acordo com a investigação, trancou-se no quarto para agredir o menino com chutes e pancadas na cabeça um mês antes do crime. Ainda conforme as autoridades, a mãe soube do episódio.
O casal também é suspeito de combinar versões do fato e ameaçar testemunhas para atrapalhar os trabalhos investigativos, que já ouviram pelo menos 18 pessoas.
Depois de quebra de sigilo telefônico, investigadores fizeram resgate de mensagens de texto e imagens que teriam sido apagadas dos celulares do casal. Em uma das conversas recuperadas, ocorrida em 12 de fevereiro, Henry relatou à Thayná ter sofrido uma rasteira e chuves do padrasto. A babá chegou a contar à mãe, Monique, que a criança afirmou que essa não teria sido a primeira vez que foi agredida pelo vereador.