Ossada encontrada em Belford Roxo não pertence aos três meninos desaparecidos

Um homem procurou a Polícia e acusou o irmão de ocultar os corpos das crianças no mesmo local onde foi achado o material

A ossada encontrada pela Polícia em Belford Roxo, Rio de Janeiro, na última sexta-feira (30), não pertence aos três garotos desaparecidos na cidade fluminense no fim do ano passado.

O material passou por uma perícia realizada pela Polícia Civil que concluiu que o esqueleto possui origem animal, conforme informações obtidas pelo G1. O laudo da análise ainda não foi publicado. 

Segundo o portal, a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense foi orientada a continuar as buscas pelos garotos.

No fim de julho, um homem procurou a Polícia e acusou o próprio irmão de ocultar os corpos de Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11, e Fernando Henrique, de 12, no mesmo local onde foi encontrada a ossada na semana passada. 

Segundo o depoente, ele sofria por guardar o segredo. A testemunha disse ainda que ela e o irmão estavam em um bar quando traficantes chegaram chamando-os para uma missão.

O irmão teria ido e voltado uma hora e meia depois. Dias depois, o irmão relatou à testemunha que a ordem dos criminosos era desaparecer com os corpos das vítimas. 

Ele também disse que as crianças foram espancadas e mortas a mando do traficante José Carlos dos Prazeres Silva, o Piranha, que já tem a prisão decretada por tráfico. O motivo apontado pelo denunciante seria que uma das crianças teria furtado uma gaiola de passarinho.

Após as acusações, o outro irmão se apresentou à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense e negou participação no crime. Confessou, contudo, que teria jogado os sacos entregues por traficantes em um rio, mas sem saber o conteúdo. 

Para ele, a denúncia foi motivada por uma rixa com o irmão.

Caso meninos de Belford Roxo

Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11, e Fernando Henrique, de 12, sumiram no último dia 27 de dezembro, no bairro Castelar, em Belford Roxo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O comércio de drogas da área controlado pelo traficante conhecido como Piranha. 

Segundo o G1, Piranha é procurado por ordenar a tortura de um homem inocente que foi apontado como suspeito pelo crime.

Câmeras de segurança mostram o momento em que os três garotos caminhavam em uma feira do Bairro Areia Branca, em Belford Roxo. Essa foi a última vez que os três foram vistos.