Namorado suspeito de matar médica e colocá-la em mala usou drogas e fez ação enquanto ela dormia

Namorado não queria abdicar do padrão de vida que a médica oferecia para ele

A Polícia Civil de São Paulo divulgou mais desdobramentos do assassinato da médica Thallita da Cruz Fernandes. Caso ocorreu na última sexta-feira (18) e conforme a corporação, o namorado e principal suspeito do crime, Davi Izaque Martins Silva, de 26 anos, teria usado drogas antes de assassinar a mulher. As informações são do portal Metrópoles

De acordo com depoimentos de Davi à polícia, ele tomou três comprimidos de ecstasy e ingeriu cerveja com amigos antes de voltar para o apartamento de Thallita. 

Ao chegar ao apartamento, o casal teria discutido devido ao consumo de drogas do rapaz. "Ela perguntou ao Davi como ele tinha dinheiro para drogas e bebidas, mas não podia ajudar nas despesas da casa. Foi uma discussão, mas o casal se entendeu depois, segundo o depoimento dele", disse o delegado responsável pelo caso, Alceu Lima de Oliveira Júnior.

Com o fim da discussão, a médica foi dormir e Davi, foi para a sala, onde teria tomado mais duas cervejas. "A perícia encontrou as embalagens no local”, contou o delegado. Logo em seguida, o namorado levantou, foi até a cozinha, pegou a faca e foi para o quarto. “Nesse momento, ele atacou Thallita a facadas enquanto ela dormia.”

Ainda conforme as investigações, Thallita queria terminar o relacionamento, mas Davi não concordava, sobretudo porque dependia financeiramente dela e não queria abdicar do padrão de vida que a namorada oferecia. 

Após o crime, Davi pediu um carro de aplicativo e foi embora do apartamento de Thallita. Ele só foi preso no dia seguinte, e inicialmente, havia dito que sofreu um “lapso de memória”. 

Relembre o caso

Thallita da Cruz Fernandes foi encontrada morta dentro de uma mala no próprio apartamento, em São José do Rio Preto (SP), na tarde da sexta-feira (18). O desaparecimento da vítima foi reportado à Polícia Militar de SP por uma mulher que disse ser amiga dela.

O porteiro do prédio informou que a médica não saiu do prédio. Os policiais entraram no apartamento e encontraram a mulher morta e esquartejada dentro da mala.

Ao adentrar a residência com o auxílio de um chaveiro, os policiais encontraram o corpo da profissional de saúde em uma malasem roupa e com marcas de ferimento no rosto, além de rastros de sangue no quarto e no banheiro.

O principal suspeito do crime é o namorado da médica, Davi Izaque Martins da Silva, de 26 anos. De acordo com testemunhas, o homem teria sido visto pedindo um carro de aplicativo e deixando o apartamento na mesma tarde que o corpo da vítima foi encontrado.

O namorado foi preso na casa da mãe, também em Rio Preto, no sábado (19), e não nega o assassinato, alegando “lapso de memória”. Junto ao suspeito, a polícia também apreendeu duas facas e a roupa de Davi, que apresentavam marcas de sangue.

'Hoje, concretizo meu sonho de infância'

Thallita se mudou para São José do Rio Preto para cursar faculdade de medicina, que concluiu em novembro de 2021. 

“Hoje, concretizo meu sonho de infância. Foram quatro anos de cursinho, seis de faculdade e, se eu pudesse voltar no tempo, faria tudo de novo”, comemorou a mulher, na ocasião.

A vítima era plantonista em um pronto-socorro do município de Bady Bassitt, na grande São José do Rio Preto.