O Ministério Público vai recorrer da decisão judicial que determinou regime aberto para Anna Carolina Jatobá, condenada por envolvimento na morte de Isabella Nardoni em 2008. Na noite de terça-feira (20), ela foi solta em Tremembé, no Interior de São Paulo. As informações são do g1.
O recurso foi encaminhado à Justiça por meio do promotor criminal Paulo José de Palma. O MP detalhou que o pedido de progressão de pena partiu da defesa de Jatobá.
Apesar do juiz da Vara de Execuções Penais exigir a realização de um teste psicológico, chamado de Rorschach, a defesa recorreu ao STJ e conseguiu a dispensa do teste.
Regime semi aberto
A progressão para o regime aberto foi dada pela juíza Márcia Domingues de Castro, da 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté. No início da noite, Jatobá aguardava os parentes para deixar a Penitenciária Feminina I Santa Maria Eufrásia Pelletier, a P1.
Desde 2017, ela estava em regime semiaberto, podendo contar com "saídas" temporárias. Fora do presídio, realizava atividades discretas.
A mãe de Isabella Nardoni lamentou a soltura de Ana Carolina. "Só lamentar. Assassinos soltos, bandidos soltos e muitos inocentes presos", afirmou ao portal Metrópoles.
Caso Isabella Nardoni
O assassinato de Isabella, em 29 de março de 2008, atraiu holofotes do Brasil inteiro e até houve pedido para a Justiça transmitir ao vivo o julgamento. A menina foi jogada pelo pai e pela madrasta da janela de um apartamento.
Parte da repercussão se explica: o júri entendeu que os autores do crime foram o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, condenados a 30 e 26 anos de cadeia, respectivamente. Os dois alegam inocência, e a defesa recorre no Supremo Tribunal Federal (STF).