O motorista Flávio Robson Benes, de 45 anos, e a auxiliar, Luciana Coelho Graft, de 44, foram presos em flagrante por homicídio doloso pela morte do menino de 2 anos, que foi esquecido na van escolar, na Vila Maria, Zona Norte de São Paulo, na última terça-feira (14). O casal responsável pelo transporte da criança era contratado da Prefeitura de São Paulo para operar o TEG (Transporte Escolar Gratuito).
De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, eles foram encaminhados para a delegacia. Luciana alegou que estava com enxaqueca e mal-estar, o que pode ter comprometido sua atenção. Ela é responsável por cuidar das crianças durante o trajeto até a escola e checar a lista dos alunos transportados.
[ATUALIZAÇÃO às 17h01]
Poucas horas após a prisão, a Justiça concedeu liberdade provisória para auxiliar e motorista da van. Agora, eles devem cumprir medidas cautelares, como proibição de sair de casa à noite, e suspensão da atividade de motorista de van escolar.
"Eu nunca pensei em passar por isso. É muito difícil saber que eu deixei meu filho na perua pensando que ele está seguro e fui trabalhar. Sempre eu chegava e meu filho estava lá. Hoje eu cheguei e meu filho não estava. Eu nunca mais vou ver ele", disse Kaliane Rodrigues, mãe de Apollo, à TV Globo.
Exames junto ao Instituto Médico Legal (IML) foram solicitados, e os laudos serão analisados pela autoridade policial. O caso foi registrado no 73° DP (Jaçanã).
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, o condutor do Transporte Escolar Gratuito já foi descredenciado e um processo administrativo foi aberto para apurar os fatos.
Entenda o caso
O menino de 2 anos morreu nesta terça-feira (14) após ser esquecido em um Transporte Escolar Gratuito (TEG) na Vila Maria, Zona Norte de São Paulo.
Segundo a Polícia Militar, o motorista encontrou a criança no veículo à tarde, por volta das 16h20, e a levou até o Hospital Municipal Vereador José Storopolli, no Parque Novo Mundo, já sem vida.
Conforme informações do site G1, o Boletim de Ocorrência aberto pela Polícia Civil de São Paulo pelo homicídio aponta que o motorista deixou as outras crianças nas escolas e parou a van escolar em um estacionamento.
O motorista só voltou à tarde, quando encontrou a criança em um banco, já desacordada. Ele e a auxiliar ainda tentaram levar o menino ao Hospital. A suspeita da Polícia Civil é que o menino morreu em decorrência do alto calor que faz em São Paulo, mas aguarda os laudos periciais para concluir a causa.