Raul Ferreira Pelegrin, 41, empresário que estava preso desde o último dia 14 de março, acusado de ter cortado a corda de segurança de Mayk Gustavo da Silva, funcionário que limpava a fachada do prédio em que ele morava, em Curitiba, no Paraná, morreu devido a complicações decorrentes de uma pneumonia, segundo seus advogados. De acordo com o Metrópoles, os agravos levaram a uma sepse, ou seja, a uma infecção generalizada.
A Polícia Penal do Paraná havia dito que Raul tinha começado a apresentar dificuldades respiratórias graves na última quinta-feira (4), pouco após o Tribunal de Justiça manter sua prisão preventiva. O empresário chegou a ser levado para um hospital da região na mesma noite, mas não resistiu e morreu poucas horas depois.
'Tinha saúde debilitada'
Segundo um dos advogados de Raul, Cláudio Dalledone Júnior, o cliente tinha uma "saúde debilitada" e era "muito adicto [alguém que tem dependência química]". Por isso, a defesa tentou pedir um habeas corpus ao fim do mês de março, com base no histórico de dependência química dele e da necessidade de tratamento especializado.
O pedido, no entanto, segundo o Metrópoles, foi indeferido pelo desembargador Sergio Luiz Patitucci, que entendeu que a desintoxicação deveria ser feita na prisão.
Acusação
Raul foi acusado pelo Ministério Público do Paraná de tentativa de homicídio. O empresário morava na cobertura do prédio em que o trabalhador limpava janelas.
No dia do ocorrido, Mayk estava a uma altura de 18 metros. Ele disse que não sabia por que a corda tinha arrebentado até voltar ao solo, quando foi informado pelo supervisor, testemunha do crime, do que tinha acontecido. Raul foi preso em flagrante.