O Ministério da Saúde encaminhou, nessa quinta-feira (13), solicitação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso de autotestes de Covid-19 no Brasil. Caso sejam aprovados pelo órgão regulador, poderão se submeter ao método qualquer indivíduo, sintomático ou assintomático, independentemente de seu estado vacinal ou idade.
"A autotestagem é uma estratégia adicional para prevenir e interromper a cadeia de transmissão da Covid-19, juntamente com a vacinação, o uso de máscaras e o distanciamento social. Os autotestes podem ser realizados em casa ou em qualquer lugar, são fáceis de usar e produzem resultados rápidos", argumenta nota técnica do Ministério da Saúde.
Ainda conforme o documento da Pasta enviado à Anvisa, o autoteste deve ser usado como uma estratégia de triagem, uma vez que o "curto tempo para o resultado" facilita o rápido isolamento social do paciente positivado.
Outros objetivos da autotestagem no Brasil
- Ampliar oportunidades de testagem para sintomáticos, assintomáticos e possíveis contatos;
- Realizar testes antes de se reunir em ambientes fechados com outras pessoas;
- Não sobrecarregar serviços de saúde, que já estão muito além do limite de sua capacidade de atendimento;
- Testar, isolar, e encaminhar os casos positivos para o Sistema de Saúde (ou tele-atendimento), para a melhor assistência e a quebra da cadeia de transmissão;
- Sair do isolamento, após resultado negativo e sem sintomas.
Feito em casa com a coleta do material no nariz com cotonete ou por saliva, o método ainda depende de aprovação da Anvisa, já que atualmente são permitidos apenas autotestes de diabetes, de HIV e de gravidez.
Na última sexta-feira (7), o órgão esclareceu que os protocolos atuais permitem o "registro de autoteste de doenças infectocontagiosas passíveis de notificação compulsória, como a Covid-19, caso haja uma política de saúde pública e estratégia de ação estabelecida pelo Ministério da Saúde".
Sobre o atual pedido, a Anvisa ainda não se manifestou publicamente.