Estados e municípios poderão ampliar o público-alvo da campanha de vacinação contra a dengue caso tenham lotes com vencimento entre 30 de junho e 31 de julho. A medida emergencial foi autorizada, na sexta-feira (21), pelo Ministério da Saúde para não desperdiçar o imunizante. Com essa liberação, o Governo Federal recomenda, de forma preferencial, a aplicação dessas doses em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. A campanha de imunização é voltada para pessoas de 10 a 14 anos.
Se essa estratégia ainda assim não assegurar o "uso oportuno" das doses, as secretarias de Saúde poderão lançar campanhas para a imunização de pessoas de 4 a 59 anos. O Ministério da Saúde não informou na nota técnica publicada na sexta-feira quantas doses estão disponíveis com vencimento em junho e julho, nem quais são os estados e municípios com lotes prestes a vencer.
A ampliação temporária do público-alvo já havia sido adotada em abril pelo Governo Federal, devido à baixa procura e à proximidade do vencimento de lotes. À época, a medida evitou o desperdício de imunizantes com validade até 30 de abril.
Vacinação em Fortaleza
Em Fortaleza, desde o dia 13 de maio, a vacina contra a dengue é ofertada pela Prefeitura em 18 postos de saúde, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h30; e aos fins de semana e feriados, em dois postos de saúde, das 8h às 16h30.
A vacina busca garantir proteção contra o vírus da dengue e combate os quatro sorotipos virais da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). O esquema vacinal é composto por duas doses (D1 e D2), com intervalo de três meses entre elas.
Segundo a Prefeitura, crianças infectadas com a dengue devem aguardar seis meses, após a recuperação, para iniciar o esquema vacinal. Caso a criança contraia a doença após a D1, o intervalo de três meses para a D2 não é alterado, porém, a D2 não deve ocorrer em um período inferior a 30 dias do início da doença.
A vacina é contraindicada em casos de:
- Hipersensibilidade à substância ativa;
- Pessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida, incluindo aqueles recebendo terapias imunossupressoras como quimioterapia ou altas doses de corticosteróides sistêmicos dentro de quatro semanas anteriores à vacinação;
- Pessoas com infecção por HIV sintomática ou infecção por HIV assintomática quando acompanhada por evidência de função imunológica comprometida;
- Grávidas ou lactantes.