Após ataque de garimpeiros em Terra Yanomani, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, declarou que as ações de segurança vão ser intensificadas. Nesta segunda-feira (1º), foi enfática ao dizer que "estado Brasileiro não vai recuar face à criminalidade". As informações são do g1.
No sábado (29), a comunidade Uxiú foi atacada, resultando na morte de um Yanomami por conta de um tiro na cabeça, e deixando outros dois indígenas feridos. As vítimas baleadas que sobreviveram seguem internadas no Hospital Geral de Roraima (HGR), em Boa Vista.
"O estado brasileiro não vai recuar face à criminalidade. As ações vão ser intensificadas. Vamos reforçar as equipes do Ibama, da PRF, da Polícia Federal, com as Forças Armadas, que é fundamental o suporte logístico, e toda parte operacional para que a gente possa dar uma respostas a altura", afirmou Marina.
Na tarde de hoje, Marina e a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, sobrevoaram a região do ataque. Além de aumentarem as ações de segurança, devem intensificar operações para desativas os garimpos ilegais. Desde fevereiro, mais de 327 acampamentos de garimpeiros foram destruídos.
"Existem vários garimpos que de fato foram desativados, estão abandonados, mas alguns, segundo dados do satélite, e pelo que pudemos observar, continuam ativos, e esses precisam ser desativados e serão desativados com ação de inteligência e com todo suporte das ações integradas".
Entenda o caso
Um yanomami morreu após ser atingido por um tiro durante ataque a uma das comunidades da Terra Indígena Yanomami. Outros dois indígenas baleados tiveram que ser transportados às pressas para a capital do estado, Boa Vista, onde estão internados no Hospital Geral de Roraima (HGR).
O presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) Yanomami, Júnior Hekurari, detalhou que a comunidade Uxiú foi atacada por garimpeiros na tarde de sábado (29). Conforme Júnior, o indígena baleado, que não resistiu aos ferimentos, trabalhava como agente de saúde na comunidade.
Por telefone, a diretora do Hospital Geral de Roraima, Patricia Renovato de Oliveira Freitas, confirmou que, após receberem os primeiros-socorros no Centro de Referência de Saúde Indígena, que funciona no polo-base de Surucucu, no próprio território Yanomami, os dois indígenas feridos foram removidos para o HGR, onde deram entrada esta manhã.
Os dois estão internados no pronto-socorro e seus quadros clínicos foram considerados estáveis.
Júnior Hekurari, que também preside a Urihi Associação Yanomami, usou as redes sociais para denunciar o ataque criminoso e comunicar que outras informações vão ser repassadas às autoridades públicas responsáveis por proteger os indígenas e seus territórios.