Um incêndio na boate Kiss, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, deixou 242 pessoas mortas na noite 27 de janeiro de 2013. Após oito anos da tragédia, nesta semana, quatro réus vão a julgamento pelo massacre e mais 636 tentativas de homicídio.
O incêndio iniciou após um dos músicos da banda Gurizada Fandagueira utilizar um artefato pirotécnico durante a apresentação. Desesperadas, as vítimas tentaram fugir quando o palco começou a pegar fogo.
No entanto, sobreviventes relataram que o local estava lotado, não havia ventilação e extintores não funcionaram. Muitas morreram asfixiada pela fumaça tóxica e foram pisoteadas.
A partir desta quarta-feira (1º), os proprietários do estabelecimento, Mauro Hoffman e Elissandro Spohr, o vocalista Marcelo de Jesus e o produtor Luciano Bonilha serão julgados.
Ao longo das investigações, 28 pessoas foram indiciadas, mas somente os quatro tornaram-se réus.
Em entrevista ao Fantástico, exibido neste domingo (28) na TV Globo, Elissandro Spohr afirmou que a boate não estava "superlotada" e que não tinha conhecimento sobre a utilização do artefato durante o show. A defesa de Mauro Hoffman endossou o argumento.
À reportagem, a advogada do músico Marcelo Jesus dos Santos informou que ele jamais utilizaria um artefato sem que o contratante soubesse, e classificou a tragédia como uma fatalidade.
Veja fotos do incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria
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