Jovem que cheirou pimenta tem volta para casa adiada por novas infecções

A trancista se recupera de uma infecção de urina e de um fungo, decorrente da última cirurgia

Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, teve a alta hospitalar adiada por conta de novas infecções. A jovem está internada desde fevereiro após uma grave reação ao cheirar uma conserva de pimenta-bode. As informações são do portal g1.

Adriana Medeiros, mãe da jovem, afirmou que ela segue em tratamento no hospital com uso de antibióticos. "Mais uma vez não vamos para casa, a previsão de alta dela seria para o dia 14 [de junho], mas vamos continuar com fé. Obrigada pelas orações e pelas ajudas", disse ela.

A mãe explicou que Thais se recupera de uma infecção de urina e de um fungo, decorrente da última cirurgia. O fungo foi detectado em um exame feito na última quarta-feira (28).

De acordo com a publicação, a família tem planos de montar uma espécie de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na casa onde moram para receber a jovem após a alta hospitalar.

“Depois que ela receber alta, ela deve começar a fazer reabilitação. Aí eles falam tudo que a gente precisa, como cama e oxigênio. Vou ter que mudar aqui para perto do Crer porque o estado dela é muito complicado”, explicou.

ESTADO DE SAÚDE

Apesar da infecção, a jovem Thaís apresentou melhoras significativas em seu quadro de saúde no último mês, segundo o padrasto. “Ela está reagindo muito bem”, afirmou. No entanto, Sérgio disse que existe uma preocupação por parte da equipe médica com o possível surgimento de escaras, o que atrasaria a alta clínica.

Escaras são feridas na pele que surgem como consequência de uma grande pressão aplicada na pele. Esses ferimentos são mais comuns em pessoas com capacidade limitada para mudar de posição. Até que ela melhore desse quadro, não há previsão para o começo da reabilitação.

RELEMBRE O CASO

Thaís Medeiros, de 25 anos, foi internada na Santa Casa de Anápolis após uma reação alérgica severa decorrente de ter cheirado um pote de pimenta bode em conserva, em um almoço na casa da família do então namorado, no dia 17 de fevereiro deste ano.

Após ser internada, foi transferida para uma Unidade de Tratamento Intensivo em Goiânia. Exames constataram um edema cerebral que deixou sequelas consideradas irreversíveis pela equipe médica. 

Thaís saiu da UTI no dia 30 de abril e nos últimos quatro meses apresentou quadros de pneumonia, que foram controlados. Desde então, ela não anda ou fala. A expectativa médica é que, logo após alta clínica, ela inicie a reabilitação.