A Polícia Civil finalizou o inquérito sobre a morte de Lucas Valença, conhecido como o 'hipster da Federal', e concluiu que o morador que o matou agiu em legítima defesa na cidade de Buritinópolis, no nordeste goiano.
O inquérito foi enviado à Justiça de Goiás nesta terça-feira (12) e o autor do disparo foi indiciado por posse ilegal de arma de fogo e responde em liberdade. Ele foi preso em flagrante, pagou fiança e foi liberado em seguida.
Conhecido nacionalmente após escoltar o então deputado Eduardo Cunha, em Brasília, Lucas faleceu na noite do último dia 2 de março de 2022.
Investigações
O inquérito aponta que na ocasião da morte Lucas estava "transtornado, proferindo xingamentos e ameaças, no meio de surto psicótico, chegando a quebrar o padrão de energia da residência".
No momento da invasão, o morador que fez o disparo chegou a avisar que estava armado, mas não conseguiu parar o policial. "A arma de fogo, mesmo que de forma ilegal, foi o meio necessário e adequado para cessar o risco atual que a vítima estava provocando", disse o delegado Alex Rodrigues, que assinou o inquérito.
Lucas trabalhava na Polícia Federal desde 2014 e estava em Mambaí, cidade vizinha a Buritinópolis, para comemorar o aniversário do irmão. Na ocasião, ele estava no rancho da família, mas saiu a pé do local, desarmado e sem celular.
Segundo a Polícia Civil, ele teria chegado a uma casa na zona rural, desligado o disjuntor da residência e gritado do lado de fora. Com a tentativa de invadir o imóvel, ele foi baleado pelo morador, que chamou uma ambulância, mas não resistiu.