Grávidas que receberam a primeira dose da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 devem aguardar até o fim da gestação e do puerpério - ou seja, até 45 dias pós-parto - para completar o esquema vacinal com a segunda dose.
A orientação consta em nota técnica divulgada nesta quarta-feira (19) pelo Ministério da Saúde.
A medida ocorre após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orientar a suspensão temporária da aplicação da vacina da AstraZeneca em gestantes e puérperas no País.
A decisão foi tomada após a morte de uma gestante do Rio de Janeiro que havia tomado a vacina e teve caso suspeito de síndrome de trombose com trombocitopenia, extremamente raro. A relação do óbito com a vacina é investigada.
Com a suspensão, a vacinação de gestantes que ainda não tinham sido imunizadas passou a ocorrer só com o uso das vacinas da Pfizer e do Instituto Butantan. E ficou restrita a gestantes com doenças preexistentes.
Havia dúvidas, porém, sobre qual seria a orientação do ministério para as gestantes que já haviam recebido a primeira dose da AstraZeneca.
Grávidas vacinadas com AstraZeneca
Segundo a pasta, até o último dia 10 de maio, mais de 15 mil grávidas foram vacinadas com a AstraZeneca no Brasil. Não há informações sobre outros casos de eventos adversos.
Em nota, porém, a pasta orienta que gestantes e puérperas que já receberam a vacina da AstraZeneca procurem atendimento médico imediato se apresentarem, nos 4 a 28 dias seguintes à vacinação, algum efeito colateral.
Entre eles estão falta de ar, dor no peito, inchaço nas pernas, dor abdominal persistente, sintomas neurológicos, como dor de cabeça persistente e de forte intensidade, borrada, dificuldade na fala ou sonolência; ou pequenas manchas avermelhadas na pele além do local em que foi aplicada a vacina.