Governo brasileiro anuncia que vai repatriar brasileiros que estão em Wuhan, na China

A província chinesa é o epicentro do coronavírus.

O Governo Federal anunciou neste domingo (2) que vai repatriar os brasileiros que estão na cidade chinesa de Wuhan, epicentro da disseminação do novo coronavírus. "Traremos todos os brasileiros que estão nessa região e expressam seu desejo de voltar ao Brasil", indica nota emitida pelos Ministérios da Defesa e Relações Exteriores.

O comunicado não informa quantos brasileiros ainda estão em Wuhan e nem determina quando a operação de repatriamento começará, mas explica que todos os cidadãos que retornarem dessa maneira devem passar por uma quarentena "de acordo com os procedimentos internacionais".

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A logística da viagem ficará a cargo da Força Aérea Brasileira, enquanto a embaixada do Brasil em Pequim assumirá o trabalho de organização e informação.

O texto oficial acrescenta que duas brasileiras que também possuem nacionalidade portuguesa deixaram a China em um voo para a Europa.

Mais cedo, um grupo de brasileiros divulgou um vídeo no Youtube no qual pedia ajuda ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para deixar a cidade chinesa. Alguns dos que aparecem no vídeo são residentes da cidade de Wuhan e outros são parentes. 

"No momento em que essa carta está sendo escrita, não há, entre nós, quaisquer casos de contaminação comprovada ou até mesmo sintomas de infecção por coronavírus", afirma uma das pessoas que aparece no vídeo.

O número atual de residentes brasileiros em Wuhan não foi informado. As estimativas iniciais falavam de 70 pessoas, mas algumas viajavam por seus próprios meios antes que a cidade fosse declarada em quarentena.

O governo brasileiro havia afirmado anteriormente que uma operação para repatriar os cidadãos estava sendo analisada, mas existiam obstáculos diplomáticos, orçamentários e jurídicos.

O Brasil não registrou nenhum caso confirmado de coronavírus até este domingo. As autoridades aguardam o diagnóstico de 16 casos considerados suspeitos. Outros dez casos foram descartados. No Ceará, um caso suspeito é investigado em Sobral.