Um paciente com as pernas amputadas foi deixado na rua por agentes de um hospital no bairro Santa Cruz, Zona Oeste do Rio (RJ), na segunda-feira (10). Após a repercussão do caso, cinco funcionários foram demitidos e 14 medidas disciplinares foram aplicadas pela prefeitura do Rio de Janeiro. As informações são do Uol.
Os envolvidos foram identificados por câmeras de segurança do local. O secretário de Saúde, Daniel Soranz, avaliou a situação como "gravíssima", defendendo "punição exemplar". Conforme Soranz, o paciente foi levado para uma unidade de baixa complexidade e aguarda vaga em um abrigo.
"Fizemos uma investigação detalhada, assistimos a todas as imagens das câmeras de segurança e ouvimos todos os envolvidos. Não há justificativa plausível. Por isso, foram realizadas 5 demissões e 14 medidas disciplinares foram aplicadas aos responsáveis".
Inicialmente, o homem tinha sido deixado no hospital por um representante de um abrigo de Búzios.
Pedido de retirada no hospital
O hospital detalhou que os funcionários alegaram que o paciente pediu para ser retirado do hospital porque não queria ficar internado. Ele foi deixado na rua com uma sonda, e teria ficado mais de três horas na rua.
No entanto, em entrevista ao GLOBO, a professora Tatiana Cristina de Almeida Borges, 44 anos, detalhou que o homem foi levado para fora depois da assistente social do hospital dizer que “não poderia fazer mais nada por ele”.
“Porém, o homem me contou que a assistente social disse que não poderia fazer mais nada por ele e que ele estava ocupando o leito de uma pessoa que precisava. Sendo assim, ele só falou que poderiam tirá-lo dali. Acontece que ele claramente não poderia ser deixado daquele jeito no meio da rua, jogaram feito um lixo”, afirmou.