A advogada cearense Lucivânia Cavalcante Soares, 57 anos, está desaparecida há mais de 15 dias. Natural de Crateús, vivia no Rio de Janeiro há cerca de 16 anos, mas perdeu contato com os familiares do Estado somente no último mês, conforme conta sua sobrinha, Janne Cavalcante, 38 anos.
No dia 22 de janeiro, os parentes realizaram o registro do desaparecimento na Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA), localizada no bairro Jacarezinho. A moradora do bairro Copacabana foi vista pela última vez em Ipanema, na Zona Sul do Rio.
Uma testemunha informou aos familiares que Lucivânia foi vista em uma praça em frente à Paróquia Nossa Senhora da Paz, onde realizava atividades beneficentes.
Por conta do sumiço, a família contratou um detetive e uma outra sobrinha chegou a visitar a capital do Rio para buscar mais informações, tendo retornado ao Ceará no sábado (29).
“Minha prima passou essa última semana passada lá. Visitou abrigos, hospitais, até o IML (Instituto Médico Legal) procurando por ela, mas nada”.
ÚLTIMOS CONTATOS
Janne ainda detalhou que uma amiga de Lucivânia disse que a cearense parecia estar com algum problema psicológico. “Estava transtornada, alterada, não falando coisa com coisa. Estava sem celular, sem documento, sem nada”.
“No começo do ano ela ligou para minha mãe, conversaram normalmente, coisas do dia a dia. Minha avó perguntou como ela estava. Falou que estava bem e não deu nenhum sinal de que estava passando por alguma dificuldade, problema psicológico”.
A família ainda tentou localizar o endereço de Lucivânia através das contas de água ou energia, mas não encontraram nenhum registro. Isso porque a tia nunca compartilhou o seu endereço, já que era reservada mesmo com os parentes.
“Por isso que achamos que ela estava morando com alguma amiga. Mas a gente não sabe, ela não falava nada. A gente pedia para ela voltar pro Ceará, mas ela só dizia que estava se programando para vir”.
MUDANÇA PARA O RIO
A advogada se mudou para o Rio de Janeiro há quase 16 anos, quando seu ex-marido, um engenheiro e professor universitário, recebeu uma proposta de emprego no estado. Por isso, Janne reforça que a tia sabia andar pela cidade e evitar os lugares mais perigosos.
Durante esse tempo, mantinha uma comunicação constante com amigos e familiares. Na cidade, morava em Copacabana desde 2017, período em que iniciou o processo de separação de seu ex-marido.
Lucivânia também tem um filho de 25 anos, com quem não mantém contato há cinco anos. “Ela sempre tentava se aproximar, mas ele não queria nada desde a separação”.
INVESTIGAÇÃO
Conforme o jornal O Dia, as circunstâncias do sumiço ainda são desconhecidas. A polícia apontou que nenhuma hipótese será descartada durante as investigações, que seguem a cargo da DDPA.
No momento, os agentes estão colhendo depoimentos e realizando diligências para encontrar o paradeiro da advogada. Além disso, também analisam imagens de câmeras de comércios, igrejas e condomínios da região.