Ex-senador Telmário Mota, suspeito de mandar matar antiga parceira e estuprar filha, é preso em GO

Vítima seria a principal testemunha da investigação sobre a denúncia de violência sexual registrada pela filha do ex casal contra o próprio pai

O ex-senador de Roraima Telmário Mota foi preso, na noite dessa segunda-feira (30), em Nerópolis (GO), suspeito de ser o mandante do assassinato da antiga companheira. Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, foi morta no fim de setembro, três dias antes de testemunhar contra o político em audiência que investiga denúncia de que ele teria estuprado a própria filha, fruto do relacionamento com a vítima.

O homem era considerado foragido, após não ser encontrado por agentes de segurança que cumpriam mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos no âmbito da operação "Caçada Real", da Polícia Civil de Roraima, deflagra nessa segunda. Conforme o portal G1, ele só foi capturado no estado da região Centro-Oeste do País.

Segundo as investigações, Mota é suspeito de ter sido mandante do assassinato da antiga companheira, morta em 29 de setembro, com um tiro, ao sair de casa, no bairro Senador Hélio Campos, na cidade de Boa Vista, capital roraimense.

De acordo com a Polícia Civil de Roraima, a vítima foi abordada por um homem que perguntou o nome dela e, após a confirmação da identidade, realizou um único disparo contra a mulher. 

Além dele, outros dois suspeitos de envolvimento no homicídio tiveram o mandado de prisão decretado, mas somente um deles foi capturado. O terceiro continuaria foragido, conforme a corporação roraimense. 

Suspeito de estuprar própria filha

Antônia Araújo era uma das principais testemunhas sobre o caso que investigava a denúncia de estupro, registrada pela própria filha do ex-casal, em agosto de 2022, contra o antigo senador, conforme a Justiça. O homicídio da mulher aconteceu três dias antes da data prevista para acontecer uma audiência sobre o caso.

A jovem tinha 17 anos na época do crime que, conforme a denúncia, aconteceu no Dia dos Pais do ano passado. Na época, o ex-senador negou as acusações e disse se tratar de perseguição política.