Suposto esloveno morto a tiros em São Paulo era sérvio e procurado pela Interpol; saiba quem era

Darko se casou com uma brasileira e "mudou de vida"; suspeito da morte dele ainda não foi identificado

Um homem de 43 anos foi morto a tiros no dia 5 de janeiro, no bairro do Embaré, em Santos, interior de São Paulo. A Polícia Civil de São Paulo identificou ele como Darko Geisler Nedeljkovic, um sérvio procurado pela Interpol que usava uma identidade falsa de esloveno, com o nome de Dejan Kovac. Conforme o Estadão, ele integrava uma máfia e era suspeito de atuar como matador de aluguel na Sérvia. 

Em 2014, ele entrou no Brasil, mantendo uma vida discreta. Em solo brasileiro, Darko se casou com uma mulher que conheceu entre 2015 e 2016, e teve um filho. Segundo a Polícia Civil, a esposa não sabia do passado dele. Os dois mantinham um estilo de vida modesto com o dinheiro que supostos familiares enviavam.

O homicídio ainda está sendo investigado pela corporação. O atirador abordou Darko quando ele estava chegando em casa, em uma bicicleta, com o filho de 4 anos em uma cadeirinha. A esposa dele, uma brasileira de 34 anos, estava acompanhando os dois em uma outra bicicleta. 

O criminoso, que usava máscara e luvas, disparou várias vezes contra o sérvio. Ele fugiu logo depois e teria entrado em um carro preto. Apesar de Darko ter sido levado para a Santa Casa de Santos, ele morreu. 

Quem era o procurado pela Interpol?

Darko Geisler Nedeljkovic é um sérvio que foi acusado de matar um segurança do líder de uma máfia na Sérvia, o Baranin Andrija Mrdak. Ele foi morto em um presídio.

Segundo investigações da Polícia Civil, ele passou pela Bósnia antes de chegar ao Brasil, país em que decidiu mudar de vida. No entanto, o passaporte dele não tinha o carimbo de entrada no Brasil.

“Durante o curso do inquérito policial a gente vai poder apontar se o crime tem relação ou não com esse passado criminoso e se há participação ou não de organizações criminosas que atuam lá no leste europeu, talvez até por motivo de vingança, em relação aos motivos pelos quais ele era investigado, por ser um matador de aluguel”, detalhou o delegado Luiz Ricardo Lara Dias Junior, titular do 3º DP de Santos.