Entenda o caso da morte do menino Henry Borel no Rio de Janeiro

A criança teria sido encontrada desacordada no próprio quarto após a mãe e o padastro ouvirem um barulho

O menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, morreu no dia 8 de março no bairro Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A criança teria sido encontrada desacordada no próprio quarto após a mãe e o padastro ouvirem um barulho, contou o pai do garoto, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, em entrevista à TV Globo nesta quarta-feira (17). 

Henry foi levado ao hospital após ser achado pela mãe, Monique Medeiros da Costa Almeida, e pelo namorado dela, o vereador da capital fluminense Jairo Souza Santos, conhecido como Dr. Jairinho (Solidariedade). O menino chegou na unidade de saúde sem vida, com hemorragia e edemas.

Causa do óbito

Segundo o laudo hospitalar sobre o corpo, divulgado pela emissora, a criança apresentava as seguintes condições: 

  • múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores;
  • infiltração hemorrágica na região frontal do crânio, na região parietal direita e occipital, ou seja, na parte da frente, lateral e posterior da cabeça;
  • edemas no encéfalo;
  • grande quantidade de sangue no abdome;
  • contusão no rim à direita;
  • trauma com contusão pulmonar;
  • laceração hepática (no fígado);
  • e hemorragia retroperitoneal.

O documento informa ainda que a causa da morte foi hemorragia interna, laceração hepática causada por uma ação violenta.

Dia da morte 

Henry passou o fim de semana com o pai, Leniel Borel de Almeida, e, na noite anterior à morte, no dia 7, foi deixado na casa da mãe, Monique Medeiros da Costa Almeida. 

No imóvel, localizado no bairro Barra da Tijuca, estavam Monique e o namorado, Jairo Souza. 

Depoimentos à Polícia

Conforme o depoimento prestado pelo pai de Henry na delegacia, a mãe da criança teria ligado para ele por volta das 4h30 e comunicado o incidente. Segundo Leniel, Monique teria dito que encontrou o filho com os olhos revirados e com dificuldade de respirar e teria o levado ao hospital. 

Chegando à unidade de saúde, Leniel conta que encontrou Monique na companhia de Dr.Jairinho. Ela contou que ouviu um barulho estranho enquanto a criança estava dormindo e, quando eles foram checar o que acontecera, encontram a criança desacordada. As informações são do jornal O Globo. 

"O que poderia acontecer com uma criança dormindo de acidente doméstico? Só queria entender. Ele era tudo para mim. Eu daria tudo que eu tenho hoje para ter só mais um dia com meu filho", disse Leniel à TV Globo. 

Monique e Dr. Jairinho passaram 12 horas depondo em salas separadas na 16ª DP (Barra da Tijuca) e deixaram a delegacia às 2h30 desta quinta-feira (18) sem falar com a imprensa.

Ao Extra, Dr. Jairinho enviou uma nota dizendo "estar triste", "sem chão" e "suportando a dor graças ao apoio da família e dos amigos".

Investigações

Até a publicação desta matéria, a Polícia não havia divulgado detalhes sobre o caso. A autoridade de segurança apenas informou que segue investigando a morte