Os donos da casa onde um homem foi morto com um tiro no rosto pelo vizinho no último sábado (9), em Apucarana, Paraná, após olhar sobre o muro, já haviam registrado um Boletim de Ocorrência contra o atirador. As informações são do jornal O Globo.
De acordo com o delegado André Garcia, responsável pelo caso, o registro foi feito pela Polícia Militar. No entanto, os proprietários não quiseram que um inquérito fosse instaurado na delegacia porque tinham "medo do sujeito".
"O boletim de ocorrência registrado pelos proprietários relata um cenário semelhante ao do crime. O casal ouviu sons de tiro, enquanto realizava uma confraternização com a família em casa", relatou o delegado. "De acordo com o documento, quem estava na residência no momento dos disparos não conseguiu distinguir se o som era de bombinhas ou de uma arma de fogo", disse.
Entenda o caso
Bruno Emídio da Silva Junior, de 33 anos, foi morto com um tiro no rosto no sábado (9) após subir no muro de uma casa no distrito de Pirapó, em Apucarana, no Paraná. O atirador, identificado como Agnaldo da Silva Oroski, de 41 anos, foi preso na quinta-feira (14).
Bruno Junior foi convidado pelo sobrinho dos donos do imóvel, que cuidava da casa enquanto os tios viajavam, para um churrasco no imóvel. Testemunhas disseram à polícia que ouviram tiros em uma casa da vizinhança, onde acontecia uma confraternização.
Bruno Júnior subiu no muro para tentar ver o que estava acontecendo quando foi atingido. A vítima morreu na hora.
Em depoimento, Agnaldo afirmou que agiu por legítima defesa ao pensar que a casa estava sendo invadida. "Ele teria ouvido barulho no telhado, então teria saído com a arma em punho. Nesse momento, teria visto um homem tentando pular o muro dele", disse o delegado André Garcia.
Testemunhas discordam da versão apresentada e afirmam que o atirador disparou diversas vezes antes de atingir Bruno.