Casos positivos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) têm aumentado em estados de todas as regiões do País. É o que apresenta o novo boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na quarta-feira (23).
O crescimento se destaca e é mais acentuado até o momento no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Paraíba. A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 46, período de 13 a 19 de novembro, e tem como base dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 21 de novembro.
O Ceará apresenta crescimento moderado na tendência de longo prazo (últimas seis semanas), juntamente a Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.
Nessa tendência, estão 15 das 27 unidades federativas. Esse sinal pode ser encontrado principalmente entre a população adulta e nas faixas etárias acima de 60 anos.
Curto e longo prazo
Compatível ao aumento de casos de Covid-19 no Brasil, o estudo ainda indica crescimento nas tendências de curto (últimas três semanas) e longo prazo (últimas seis semanas).
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 6,2% para influenza A; 0,2% para influenza B; 16,3% vírus sincicial respiratório (VSR); e 61,8% Sars-CoV-2 (Covid-19).
Por sua vez, entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de 2% para influenza A; 0% para influenza B; 0,7% VSR; e 93,3% Sars-CoV-2. Em relação ao vírus Influenza, observa-se queda nos estados que passaram por um aumento de casos durante os meses de setembro e outubro.
No Amazonas, onde o maior número de casos positivos para Covid-19 na população adulta se iniciou mais cedo, tal cenário não se refletiu em aumento expressivo e duradouro de casos de SRAG notificados no Sivep-Gripe. O ligeiro crescimento identificado em outubro já apresenta estabilização em patamares relativamente baixos.