O Conselho Federal de Medicina (CFM) foi processado pela Defensoria Pública da União, nesta sexta-feira (1º), por indicar cloroquina e hidroxicloroquina a pacientes com Covid-19. Os remédios são comprovadamente ineficazes no tratamento contra a doença. As informações são do G1.
A ação civil por danos morais coletivos foi protocolada na 22° Vara Cível Federal de São Paulo. O documento foi assinado por defensores públicos de 10 estados e do Distrito Federal.
Além de indenização de R$ 60 milhões, o órgão pede indenizações individuais a familiares que tiveram parentes tratados com as medicações citadas, tiveram o estado de saúde piorado e morreram.
Os representantes da instituição também pedem que o CFM "oriente ostensivamente a comunidade médica e a população em geral sobre a ineficácia de cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento contra a Covid-19".
'Tratamento precoce'
No texto, é mencionado o parecer do Conselho de 2020 que autorizou a indicação de cloroquina e hidroxicloroquina para o chamado "tratamento precoce".
Também são expostas declarações posteriores do Conselho que permaneceram com a orientação para o uso sob a justificativa de autonomia do médico e do paciente, embora pesquisas científicas tenham divulgado que houve aumento de mortalidade e ineficácia da cloroquina no uso contra a Covid-19.