A cigana Suyany Breschak é considerada a mandante do crime do brigadeirão envenenado que vitimou Luiz Marcelo Antônio Ormond no último mês, no Rio de Janeiro. De acordo com o portal g1, a informação foi confirmada pelo delegado Marcos Buss, da 25ª DP (Engenho Novo), nesta quarta-feira (5). A mulher está presa desde o dia 29, mas a defesa dela nega as acusações. A jovem Júlia Cathermol, suspeita de ter matado a vítima com o doce contaminado, se entregou à polícia nesta terça-feira (4).
“Podemos falar com bastante segurança que há elementos nos autos, muitos elementos indicativos, de que a Suyany seria a mandante e arquiteta desse plano criminoso”, disse o delegado. “A Júlia tinha uma grande admiração, uma verdadeira veneração pela Suyany”, completou o policial.
Buss detalhou que Júlia era bastante influenciada por Suyany e faria pagamentos mensais a ela. “O que está sendo confirmado por todos os elementos reunidos até o momento, embora não saibamos explicar bem por quê, é que Júlia realmente faria pagamentos mensais para Suyany”, afirmou.
Segundo o delegado, Suyany teria instruído Júlia a moer o Dimorf, um remédio à base de morfina, para colocar no brigadeirão. “A própria Suyany teria procurado informações sobre a aquisição de tal medicamento”, disse.
Entenda o caso
A morte de Luiz Marcelo começou a ser investigada no último dia 20 de maio, quando vizinhos do empresário começaram a sentir um cheiro forte vindo do apartamento da vítima. O corpo dele foi encontrado em estado avançado de decomposição.
Segundo informações do g1, a necropsia não foi capaz de determinar a causa da morte de Luiz Marcelo, mas o exame determinou que ele estava morto há pelo menos três dias quando foi encontrado e que havia uma pequena quantidade de líquido achocolatado no sistema digestivo.
As últimas imagens do empresário com vida foram registradas pelo circuito de segurança do prédio, que registrou momentos de Luiz Marcelo e Júlia no elevador no dia 17 de maio.
Na gravação, divulgada pela TV Globo Rio, é possível ver o empresário e a namorada em dois momentos distintos. Na primeira vez, ele segura um prato onde, supostamente, estava o brigadeirão envenenado. Com roupas casuais e semblante tranquilo, ele e Júlia se beijam. Em outro momento, ele aparece um pouco abatido e parece relatar mal estar.