O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta a população da Região Sul do Brasil para a formação de um ciclone extratropical em decorrência de uma área de baixa pressão continental entre o norte da Argentina e o Paraguai.
O ciclone se formou na quarta-feira (12) e deve se deslocar em direção ao litoral do Rio Grande do Sul. A previsão é que os ventos mais intensos na região tenham rajadas que podem superar os 110 km/h.
As destruições do ciclone deixaram pelo menos quatro mortes no Brasil até a noite desta quinta-feira (13), conforme divulgado pelo Jornal Nacional.
No Rio Grande do Sul, um idoso morreu após ter a casa atingida por uma árvore. A queda de uma árvore também causou uma morte em Brusque (SC).
Em São Paulo, os desastres deixaram duas vítimas. Uma estudante de medicina morreu após o carro em que ela estava ser atingido por uma árvore, em São José dos Campos. Já em Itanhaém, uma idosa faleceu ao encostar em um cabo de energia derrubado pela força do vento.
Chuvas intensas
O Inmet prevê ainda chuvas intensas com acumulados diários de até 100 milímetros em algumas regiões do Rio Grande do Sul.
Segundo Jeane Lima, meteorologista do Inmet, a orientação é que a população evite sair para as ruas nos horários de ventos e chuvas mais intensos e acompanhe a previsão do tempo para evitar acidentes como queda de árvores e fiação elétrica derrubada pelos ventos fortes.
A previsão é que ao longo da quinta-feira (13) o ciclone se desloque para o Oceano Atlântico, segundo o Inmet. Com isso, os ventos mais intensos devem se concentrar entre o litoral norte do Rio Grande do Sul até o litoral do Paraná e, ainda, se intensificar sobre o litoral de São Paulo e litoral sul do Rio de Janeiro. Essa situação deve se manter até a sexta-feira (14).
O ciclone extratropical estará associado a uma frente fria que deverá avançar pelo país, causando baixas temperaturas, não apenas no Sul, mas em áreas do Sudeste e Centro-Oeste, podendo atingir, inclusive, o sul da região amazônica.
Ressaca do mar
A Marinha emitiu alerta para ressaca do mar com possibilidade de ondas de até 4,5 metros de altura entre os litorais de Santa Catarina e São Paulo.
O fenômeno também é consequência do ciclone extratropical, com efeitos previstos a partir desta quarta até a sexta.