Caso Eliza Samudio: julgamento de ex-policial tem início nesta quarta-feira (25)

Júri popular em Minas Gerais pode durar até 2 dias

Após 11 anos do crime, teve início na manhã desta quarta-feira (25), em Contagem (MG), o julgamento do ex-policial civil José Lauriano de Assis Filho, o Zezé, por envolvimento no assassinato de Eliza Samudio, em 2010. O júri popular pode se estender por até dois dias. As informações são do G1

O julgamento é presidido pelo juiz Elexander Camargos Diniz. Cinco mulheres e dois homens compõem o conselho de sentença, que decidirá o futuro do ex-policial.

Ao todo, 20 testemunhas foram intimadas para prestar depoimento durante o júri popular, mas nove foram dispensadas. O processo corre em segredo de Justiça. 

Acusação

A mando do goleiro Bruno Fernandes, Zezé é acusado de assassinato, sequestro e cárcere privado da modelo, além da ocultação do cadáver, corrupção de menores e coação no curso do processo.

Conforme denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em 4 de junho de 2010, Zezé sequestrou Eliza e Bruninho, filho dela com Bruno, com a ajuda do primo do jogador, Jorge Luiz Lisboa Rosa. A ação foi acertada com o goleiro e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, segundo a promotoria. 

Ainda segundo o Ministério Público, Zezé ajudou a manter Eliza e o bebê em cárcere privado até o dia 10 de junho, quando ela mulher foi assassinada.

O ex-policial ainda teria participado da morte de Eliza ao lado de Marcos Aparecido de Souza, conhecido como Bola, e corrompido o então adolescente Jorge Luiz Lisboa Rosa a ajudá-lo a ocultar o corpo.

Condenações caso Eliza Samudio

José Lauriano é o último suspeito de participação no crime a ser julgado. Em 2013, o goleiro Bruno foi condenado a 22 anos e 3 meses pelo assassinato e ocultação do corpo de Eliza, assim como pelo sequestro e cárcere privado do filho.

Luiz Henrique Ferreira Romão foi condenado a 15 anos de prisão por homicídio qualificado, em 2012. Marcos Aparecido dos Santos foi condenado a 22 anos de prisão pela morte de Eliza e por ocultação do cadáver.

Elenilson da Silva e Wemerson Marques, o Coxinha, foram condenados por sequestro e cárcere privado do filho de Elisa em 2013. Elenilson cumpriu pena de três anos em regime aberto e Wemerson de dois anos e meio também em regime aberto.

A namorada de Bruno na época, Fernanda Castro, foi condenada em primeira instância a três anos de prisão, mas a pena foi substituída por prestação pecuniária e de serviços à comunidade.