Eliane Laureano, mãe da jovem Ariane Bárbara, morta pelos amigos em agosto de 2021, em Goiânia, chorou ao lembrar da filha durante o julgamento dos dois acusados pelo assassinato. "Ela era minha parceira, porque eu fui mãe solo, então era eu e ela", afirmou.
Raíssa Nunes e Jeferson Cavalcante passam por julgamento nesta terça-feira (29), ambos acusados de homicídio qualificado, por motivo fútil e vítima impossibilitada de defesa. Enzo Jacomini, que usa o nome social Freya, foi condenada a 15 anos de prisão.
Ouvida pelo júri popular, a mãe de Ariane contou como os acusados entraram na vida da menina, que tinha 18 anos na época do crime: "Ela gostava muito de dançar. Depois, ela começou a gostar da pista de skate, que foi quando ela conheceu esses assassinos", disse.
Em entrevista ao portal g1, Eliane Laureano pontuou o que espera do julgamento. "Não quero nada deles, quero que eles paguem pelo que fizeram com a minha filha", relatou.
Defesa se pronuncia
O advogado de defesa de Jeferson Rodrigues, Luiz Carlos Ferreira, alega que o jovem não queria estar presente no momento do crime. Já o advogado de Raíssa Nunes, Luciano Rezende, pontua que a jovem está confiante e deve permanecer em silêncio durante o julgamento.
A morte de Ariane Bárbara Lureano de Oliveira chocou os moradores de Goiânia em 2021. Sete dias após desaparecer, a estudante teve o corpo encontrado em uma mata de um bairro de classe alta da Cidade. A polícia apontou que três amigos e uma adolescente mataram a jovem em uma espécie de ritual.
Segundo as investigações, o crime tinha como objetivo descobrir se Raíssa, uma entre os envolvidos, seria psicopata. Ariane teria sido escolhida por ser pequena e magra, ao que os amigos planejaram que seria mais fácil segurá-la em caso de uma possível fuga.
A jovem de 18 anos teve o corpo encontrado no Setor Jaó, um bairro de classe alta de Goiânia, local onde ficava a casa dos amigos. Pouco antes do crime, Ariane chegou a enviar áudio para a mãe, reforçando que voltaria para casa no mesmo dia, o que levou à procura após o desaparecimento.