O Instituto Butantan entregou, nesta quarta-feira (14), um novo lote com 1 milhão de doses da vacina CoronaVac ao Ministério da Saúde. O imunizante, produzido pela farmacêutica Sinovac Biotech, será integrado ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Ao todo, foram disponibilizadas 40,7 milhões de doses ao Governo Federal desde janeiro. A produção dos próximos lotes, que devem completar as 46 milhões de doses previstas até 30 de abril, depende do acesso ao Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), vindo da China. Atualmente, o envase do imunizante está parado em razão da falta do insumo.
Com a previsão de chegada do IFA até a próxima terça-feira (20), há a possibilidade de atraso no calendário de entrega dos novos imunizantes à Pasta. Isso porque a produção da CoronaVac demora cerca de 20 dias para ser finalizada, o que deve atrasar a nova entrega para o mês de maio.
"Estamos com a expectativa de que ele (IFA) chegue antes. Vamos iniciar a produção rapidamente, 20 dias é o máximo", afirmou em coletiva o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. "Estamos trabalhando com a possibilidade de encurtar o prazo para a liberação, o material está pronto, mas nós ainda não temos autorização para fazer a importação", pontuou.
Entregas da vacina
Até o momento, o Ministério da Saúde recebeu 23 entregas de imunizantes, o que totaliza 88,4% das vacinas previstas no primeiro contrato com o Governo Federal. O Butantan fará a entrega das 100 milhões de doses acordadas até 30 de agosto, e, a partir de 30 setembro, o estado de São Paulo também será um comprador.
"Nós já autorizamos a aquisição de 30 milhões de doses do Butantan após cumprir o nosso contrato com o Brasil, com o Ministério da Saúde. A partir de setembro, serão 30 milhões de doses para os brasileiros que residem em São Paulo", afirmou o governador João Doria (PSDB-SP), também presente na coletiva.
O Butantan já acertou mais 54 milhões de doses para o segundo semestre com a chinesa Sinovac. Conforme Covas, cerca de 30 milhões serão destinadas à compra de São Paulo e mais 30 milhões ao Ministério da Saúde. A expectativa é de que a produção seja acelerada.
"O que nós pretendemos nesse momento é que o volume de matéria-prima seja aumentado. A Sinovac começa a colocar em funcionamento uma terceira linha, com grande capacidade de produção, e isso pode melhorar muitos aspectos quantitativos a partir do segundo semestre", disse Covas.
Até agora, mais de 80% das vacinas disponíveis no País contra a Covid-19 são do Butantan. Só em abril, 4,5 milhões de doses da CoronaVac foram disponibilizadas.