Adolescente é apreendido por liderar grupo que incentivava automutilação na internet

Apreensão faz parte da Operação Banhammer

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(Atualizado às 06:44, em 20 de Dezembro de 2024)

Um adolescente, de 15 anos, apontado como chefe de um grupo que incentivava práticas de automutilação, suicídio e planejamentos de ataques a escolas, foi apreendido em Brasília. Na residência do jovem, foram encontrados arquivos de pornografia infantil e imagens de adolescentes automutiladas. As informações são do Correio Braziliense.

A polícia apreendeu computadores e o celular do investigado. Ao ser conduzido para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCAII), o jovem confessou as ações.

“Vale o alerta aos pais, que se atentem e acompanhem o conteúdo acessado na internet por seus filhos. As investigações das Polícias Judiciárias dos Estados no combate a esses grupos continuarão e serão intensificadas”, declarou o delegado-chefe da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) do DF, João Guilherme. 

OPERAÇÃO BANHAMMER

A apreensão faz parte da Operação Banhammer. O termo "banhammer" está relacionado à ideia de banimento (remover ou expulsar alguém) em ambientes digitais. A expressão é formada pela junção das palavras "ban" (proibir, excluir) e "hammer" (martelo), representando uma ação decisiva e implacável.

Nesta quinta-feira (19), uma ação integrada entre as polícias civis estaduais, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), realizou uma série de apreensões para combater crimes contra a dignidade sexual e a indução à automutilação de crianças e adolescentes praticados na internet.

As investigações, iniciadas pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do MJSP, envolveram uma colaboração entre as polícias civis dos estados de São Paulo, Rondônia, Distrito Federal, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e Minas Gerais. 

Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão domiciliar, três mandados de apreensão de adolescentes infratores e um mandado de prisão. As ações ocorrem em diversas cidades, incluindo Brasília (DF), Guarapuava (PR), São Paulo (SP), Ruy Barbosa (BA), Belo Horizonte e Ribeirão das Neves (MG), Santa Maria (RS), Espigão do Oeste (RO), Ipojuca (PE) e Rio de Janeiro (RJ).