Acidente da TAM com 199 mortos em São Paulo completa 15 anos; relembre o caso

Investigações concluíram que a queda de aeronave ocorreu por falha dos pilotos

A queda do avião da TAM, que deixou 199 mortos, completa 15 anos neste domingo (17). O Airbus A320, de matrícula PP-MBK, havia decolado às 17h16 de 17 julho de 2007 do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Porém, ao chegar às 18h48 em Congonhas, na capital paulista, se desgovernou e bateu contra o terminal de cargas da companhia. Esse é considerado o maior acidente da aviação brasileira.

Do total de mortos, 187 eram ocupantes da aeronave, sendo duas crianças de colo e seis tripulantes em serviço, e outros 12 estavam em solo. 

O inquérito da Polícia Federal concluiu que o acidente foi causado por erro dos pilotos porque eles teriam deixado um dos controles na posição de aceleração.

Segundo as investigações, a manete de aceleração de um dos motores estavam em posição de reverso e outra em "climb" (em português, subida). Com isso, o avião foi direcionado para a esquerda da pista, saiu do aeroporto e atravessou a avenida Washington Luís. A aeronave bateu no prédio da TAM Express, que sofreu danos estruturais e precisou ser demolida.

À época, dois diretores da TAM e uma diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF-SP) por atentado contra a segurança do transporte aéreo. Os três foram julgados em duas instâncias e inocentados.

Mudanças

Por meio de nota, a Latam Airlines se solidarizou com "todos aqueles afetados" pelo acidente. "Embora consciente de que nada poderá compensar as perdas, a companhia se empenhou, desde o primeiro momento, em apoiar os familiares de todas as maneiras e concluir o mais rápido possível o procedimento de indenização".

Ainda conforme a companhia, apenas uma família com ação de indenização em andamento e informou que não divulga valores das indenizações por questões de segurança e de privacidade dos próprios familiares.