Opositor de Maduro, Edmundo González deixa a Venezuela após pedir asilo político na Espanha
Político era alvo de um mandado de prisão solicitado pelo Ministério Público
Candidato da oposição que concorreu contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nas eleições de julho, Eduardo González deixou o país nesse sábado (7) rumo à Espanha após solicitar asilo político.
A informação da vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, foi confirmada pelo Ministério dos Relações Exteriores do país europeu na madrugada deste domingo (8).
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González era alvo de um mandado de prisão solicitado pelo Ministério Público e aceito pela Justiça venezuelana. Ele embarcou em um voo da Força Aérea espanhola.
Conforme a agência Reuters, o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, afirmou pela rede social X que "o governo da Espanha está comprometido com os direitos políticos e a integridade física de todos os venezuelanos".
Vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, destacou que "essa ação reafirma o respeito à lei que tem prevalecido nas medidas adotadas pela República Bolivariana". As informações são do g1.
Refugiado há vários dias
Também conforme a vice-presidente, o candidato estava "há vários dias" refugiado na embaixada da Espanha em Caracas, capital da Venezuela, e havia solicitado asilo político por ser alvo de um mandado de prisão.
Em 2 de setembro, a Justiça venezuelana acatou um pedido do Ministério Público e emitiu a ordem de prisão contra González. Temendo ser preso pelo regime Maduro, González estava escondido há mais de um mês e era considerado foragido.
Em carta enviada ao Ministério Público, ele afirmou que não ia se apresentar, pois considera que o processo contra ele não tem fundamento legal.
O político é investigado por crimes como usurpação de funções da autoridade eleitoral, falsificação de documentos oficiais, incitação de atividades ilegais, sabotagem de sistemas e associação criminosa.
Segundo o MP, o pedido de prisão foi apresentado após González ignorar três intimações para prestar depoimento. O órgão é aliado do presidente Nicolás Maduro e controlado por chavistas.
A líder da oposição, María Corina Machado, também está sendo investigada pelo Ministério Público. Na quinta-feira (5) ela se responsabilizou pela publicação das atas eleitorais em um site.