China responde governo Trump e anuncia tarifas sobre combustíveis e veículos

O país asiático também apresentou uma reclamação à Organização Mundial do Comércio (OMC)

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(Atualizado às 09:11)
Xi Jinping e Donald Trump
Legenda: A retaliação da China foi anunciada minutos após a entrada em vigor das tarifas de 10% adicionais impostas pelo presidente Donald Trump
Foto: Anthony Kwan, Allison ROBBERT / AFP

O governo da China respondeu às tarifas impostas por Donald Trump às importações de produtos do país com medidas similares, nesta terça-feira (4), contra os combustíveis, veículos e máquinas agrícolas dos Estados Unidos. 

Sob liderança do presidente Xi Jinping, o país asiático também apresentou uma reclamação à Organização Mundial do Comércio (OMC) "para defender seus direitos e interesses legítimos" contra a imposição de tarifas sobre os produtos chineses nos Estados Unidos.

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A retaliação de Pequim foi anunciada minutos após a entrada em vigor das tarifas de 10% adicionais impostas pelo presidente Donald Trump às importações de produtos chineses.

Trump também havia anunciado tarifas contra o Canadá e o México, neste caso de 25%, mas suspendeu a implementação das medidas por 30 dias em troca do aumento da vigilância e segurança em suas fronteiras para combater o tráfico de fentanil.

Tarifas de 10% a 15%

Em comunicado, o Ministério das Finanças da China anunciou a adoção de tarifas de 15% sobre o carvão e o gás natural liquefeito (GNL) dos Estados Unidos, e de 10% sobre o petróleo bruto, máquinas agrícolas e alguns modelos de veículos.

A medida é uma resposta ao "aumento unilateral de tarifas" por parte dos Estados Unidos, afirma o comunicado.

Segundo Pequim, a decisão de Trump "viola gravemente as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), não faz nada para resolver seus problemas e prejudica a cooperação econômica e comercial normal entre China e Estados Unidos".

O Ministério do Comércio apresentou uma queixa à OMC por considera que as medidas adotadas por Washington eram "de natureza mal-intencionada".

Além da resposta tarifária, as autoridades chinesas anunciaram uma investigação contra o grupo americano Alphabet (matriz do Google) por violação das leis antimonopólio e a inclusão do grupo de moda PVH (proprietário das marcas Tommy Hilfiger e Calvin Klein) e do grupo biotecnologia Illumina em uma lista de "entidades não confiáveis".

Pequim também anunciou novos controles sobre a exportação de metais e produtos químicos raros, como tungstênio, telúrio, bismuto ou molibdênio, utilizados em várias indústrias.