A decolagem do primeiro voo que sairia de Beirute, capital do Líbano, para repatriar brasileiros foi adiada em 24 horas pelo Governo do Brasil. A ação pretende retirar os que desejam deixar áreas de conflito no país e deve ocorrer apenas às 14h deste sábado (5).
Segundo o Governo, a decisão foi motivada por razões de segurança. "Informamos que, por considerações de segurança, o voo de repatriação precisou ser adiado. Você será avisado oportunamente. Sairá possivelmente amanhã, 05/10", disse mensagem enviada a brasileiros, conforme publicação do portal g1.
A nota oficial do Ministério das Relações Exteriores explicou que se tornaram necessárias medidas adicionais de segurança para os comboios terrestres que se dirigirão ao aeroporto da capital libanesa.
O avião que será utilizado é da FAB, um KC-30 com capacidade para cerca de 220 pessoas. Ele segue em Lisboa, capital de Portugal, com expectativa de seguir para o Líbano quando houver condições de decolagem.
Ataques no Líbano
O Líbano se torno alvo de ataques de Israel em uma ofensiva comandada por Benjamin Netanyahu contra o grupo extremista Hezbollah. Na noite de quinta-feira (3), as proximidades do aeroporto de Beirute foram bombardeadas.
"O que eu queria dizer é que as garantias serão dadas pelas autoridades legais. Se houver algum episódio que não permita a aterrissagem, claro que será adiado. Isso será resultado dos constantes encontros, reuniões e consultas com autoridades", disse o ministro Mauro Vieira antes mesmo da confirmação do adiamento.
A prioridade inicial será para idosos, mulheres, crianças e pessoas com necessidade de assistência médica. Segundo informações de uma fonte no Itamaraty ao g1, quase 3 mil pessoas demonstraram disposição para retornar ao Brasil, a maioria delas do vale do Bekaa e de Beirute.
Ainda conforme o portal, a embaixada em Beirute tem feito consultas para determinar qual a procura desde a última terça-feira (1º). Listas para determinar quem deve deixar o país com ajuda oficial estão sendo montadas, mas o número de pessoas pode oscilar, aponta o ministério.