O terremoto de magnitude 7,8 que abateu o sul do território turco e em todo o solo sírio já vitimou fatalmente 33.179 pessoas e deixou outras tantas feridas e desabrigadas. A Turquia teve 29.605 mortos, enquanto a Síria teve 3.574. Este é o levantamento divulgado neste domingo (12) pelas autoridades locais.
O número de óbitos no desastre da última semana, na Turquia, aproxima-se da pior marca desde 1939, quando aconteceu o pior sismo do país. Naquele ano, foram 33 mil vidas perdidas.
O país é localizado em um território de várias falhas sísmicas, vitimando-o de tempos em tempos com terremotos. Em 1999, por exemplo, a população local sofreu com o mesmo tipo de desastre. À época, o Exército foi essencial no resgate de sobreviventes. Neste ano, contudo, as Forças Armadas não foram tão efetivas, aumentando o bolo de críticas ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Pós-terromoto
Além de ter que contar seus mortos e oferecer acolhimento aos sobreviventes, a população vive um momento de incerteza, com lojas saqueadas e vidas destruídas. As empreiteiras viraram alvo do governo, que questiona a qualidade das construções.
O vice-presidente Fuat Oktay disse que 131 suspeitos devem ser responsabilizados pelo desabamento de alguns dos milhares de edifícios destruídos no terremoto. "Vamos acompanhar isso meticulosamente até que o processo judicial necessário seja concluído, especialmente para edifícios que sofreram danos pesados e edifícios que causaram mortes e feridos", afirmou.
Já na Síria, a população vive outra problema. Rebeldes da durável guerra civil no país bloquearam a chegada de ajuda enviada de regiões controladas pelo governo para áreas sob o comando de grupos radicais de oposição. O grupo terrorista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que controla a região em questão, não aceitou os reforços.
Estes só chegarão à localidade se vierem da Turquia pelo norte. O grupo terrorista não quer que o regime sírio se aproveite da situação para impor a sua narrativa.