Rússia acusa Ucrânia de intensificar ataques e bombardeios

Aldeia em áreas ocupadas do território russo ficaram sem eletricidade

As autoridades russas acusaram a Ucrânia, neste sábado (29), de bombardear um depósito de petróleo na península anexada da Crimeia. A Rússia tem afirmado também que o país vizinho aumentou os ataques e bombardeios contra eles.

Por conta da recente investida contra o depósito de petróleo, algunas aldeias em áreas ocupadas dentro do território russo ficaram sem eletricidade. 

Estes incidentes ocorrem um dia após a Ucrânia ter indicado que já tem tudo praticamente pronto para lançar uma contraofensiva nos territórios ocupados pela Rússia.

A Ucrânia fez o anúncio depois de um bombardeio russo atingir um prédio residencial na cidade de Uman, no centro da Ucrânia, na sexta-feira, matando 23 pessoas, cinco delas com idades entre 18 meses e 16 anos.

Depósito de petróleo

Neste sábado, as autoridades da península ucraniana da Crimeia, anexada pela Rússia desde 2014, relataram um incêndio em um tanque de combustível no porto de Sebastopol, base da frota russa do Mar Negro.

Elas atribuíram o fato ao bombardeio de um drone ucraniano, embora tenham tentado minimizar o ocorrido para não despertar temores sobre a segurança na península.

O governador de Sebastopol, Mikhail Razvozhayev, afirmou que "ninguém ficou ferido", e que o ataque não afetou as reservas de combustível da península.

Sebastopol tem sido alvo de vários ataques de drones desde que Moscou lançou sua ofensiva na Ucrânia.No início desta semana, as autoridades russas afirmaram ter frustrado um ataque de drones na Crimeia.

"Castigo de Deus" 

A Ucrânia não reivindicou a autoria por nenhuma operação na Crimeia, mas seus serviços de inteligência militar insinuaram que tratava-se de um "castigo de Deus, principalmente pelos civis mortos em Uman".

Andriy Yusov, da unidade de inteligência do Ministério da Defesa ucraniano, aconselhou ainda os habitantes da Crimeia a "evitar a aproximação de instalações militares e instalações de abastecimento do Exército agressor em um futuro próximo".

Intenso fogo de artilharia

No sul da Ucrânia, as autoridades de ocupação russas disseram que uma cidade sob seu controle, Nova Kakhovka, foi submetida a "intenso fogo de artilharia", o que causou uma queda de energia.

Essa cidade na região de Kherson, amplamente controlada por Moscou, caiu nas mãos das forças russas no primeiro dia da invasão, 24 de fevereiro de 2022.

As forças russas pediram à população que "mantenha a calma" e afirmaram que os reparos para restabelecer o fornecimento elétrico começariam assim que os ataques "brutais" terminassem.

O ataque a Nova Kakhovka ocorreu um dia depois que as forças russas bombardearam uma cidade no sul da Ucrânia, matando uma mulher de 57 anos. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, prometeu que tal ação não ficaria sem resposta.