O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a morte do líder do grupo terrorista do Estado Islâmico, Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, na madrugada desta quinta-feira (3). O ataque, comandado pelas forças especiais norte-americanas, aconteceu em Atmeh, no Noroeste da Síria.
Segundo equipes de resgate locais, 13 pessoas morreram, incluindo seis crianças e quatro mulheres. Em pronunciamento, o presidente confirmou que o líder terrorista, um dos mais procurados do mundo, morreu ao detonar explosivos antes de ser capturado. Ao acionar os explosivos, vários familiares de al-Qurayshi também morreram.
Na ocasião, 20 soldados da aliança das forças democráticas sírias também foram mortos.
"Em um ato final de desespero, sem pensar nas vidas de seus familiares, escolheu se explodir, não com um colete, mas sim explodir todo o terceiro andar (da casa), ao invés de encarar a Justiça pelos crimes que cometeu" afirmou Biden.
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Ainda durante o pronunciamento, Biden afirmou que a operação contou com o apoio de aliados na Síria e levou alguns meses para ser planejada. Segundo a CNN, Joe Biden acompanhou o ataque em tempo real e o clima na Casa Branca era de muita tensão.
Quem era o líder do estado islâmico?
Al-Qurayshi tinha 45 anos e nasceu no Iraque. Ele assumiu o comando do Estado Islâmico dias depois da morte de al-Baghdadi, alvo de um ataque dos EUA também na Síria.
O governo americano oferecia uma recompensa de US$ 10 milhões por informações que auxiliassem nas buscas pelo líder do estado islâmico.
De acordo com o jornal New York Times, as forças especiais receberam o apoio de helicópteros, artilharia pesada, drones de ataque Reaper e caças de combate. O ataque é considerado o mais pesado à organização terrorista desde a operação que matou seu antigo líder, Abu Bakr al-Baghdadi, em outubro de 2019.