O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou a suspensão do lançamento "imediato" de novos bombardeios "em massa" na Ucrânia nesta sexta-feira (14). Putin ainda descartou a expansão da mobilização de tropas anunciada há três semanas.
O pronunciamento aconteceu durante entrevista coletiva no Cazaquistão. Segundo Putin, o objetivo da ofensiva militar russa não é "destruir a Ucrânia".
"No imediato, não são necessários novos ataques massivos. Atualmente existem outros objetivos. Por enquanto. Veremos depois", declarou o presidente. Ele disse ainda que não prevê uma nova mobilização de reservistas.
"Não é legal o que está acontecendo agora, mas [se a Rússia não tivesse iniciado sua ofensiva na Ucrânia], estaríamos na mesma situação um pouco mais tarde, só que as condições teriam sido piores para nós. Então, estamos fazendo tudo certo", assegurou.
Bombardeios maciços
A Rússia lançou bombardeios maciços em várias cidades ucranianas no começo desta semana, danificando infraestrutura elétrica e áreas residenciais, em retaliação à explosão de dois dias antes que danificou a ponte da Crimeia, ataque pelo qual Moscou culpa os serviços secretos ucranianos.
"Não há mais nada planejado. Nenhuma proposta foi recebida do Ministério da Defesa e não vejo necessidade de fazê-lo no futuro próximo", disse Putin.
O presidente russo acrescentou que planeja concluir o recrutamento anunciado "em quinze dias" e disse estar "aberto" a negociações com a Ucrânia e à mediação de países como Turquia e Emirados Árabes Unidos.