Projeto de lei de controle de armas é aprovado pelo Senado dos Estados Unidos

O projeto bipartidário inclui melhor verificação de antecedentes para compradores com menos de 21 anos

O Senado dos EUA avançou na noite de quinta-feira (23) contra a epidemia de violência armada, ao aprovar algumas restrições à venda de armas e destinar verbas para a saúde mental e segurança escolar.

As normas, que devem ser ratificadas pela Câmara dos Representantes nesta sexta-feira (24), não atendem às demandas dos críticos das armas e do presidente Joe Biden, mas são consideradas um avanço, após quase 30 anos de inércia no Congresso.

O que diz o projeto

O projeto bipartidário, apoiado por todos os 50 senadores democratas e 15 republicanos, inclui melhor verificação de antecedentes para compradores com menos de 21 anos, US$ 11 bilhões em financiamento para saúde mental e US$ 2 bilhões para programas de segurança escolar.

Também aloca fundos para incentivar os estados a aplicar leis de "alerta" para remover armas de fogo de pessoas consideradas ameaçadoras.

E também fecha o chamado buraco do "namorado", pelo qual os agressores domésticos poderiam evitar a proibição de comprar armas de fogo se não fossem casados ou estivessem morando com a vítima.

"O Senado dos Estados Unidos está fazendo hoje à noite algo que muitos achavam impossível até algumas semanas atrás: estamos aprovando a primeira lei significativa de segurança de armas em quase 30 anos", disse o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer.

A Associação Nacional do Rifle (NRA na sigla em inglês) e muitos republicanos em ambas as casas do Congresso se opõem a ela, mas a iniciativa tem o apoio de grupos que trabalham com policiamento, violência doméstica e doenças mentais.