O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu, nesta quinta-feira (26), "caçar" os autores dos atentados em Cabul, que resultaram na morte de 12 militares americanos em meio à operação de evacuação do Afeganistão, após o Talibã assumir o controle do país.
"Não vamos perdoar. Não vamos esquecer. Vamos caçá-los e fazê-los pagar", afirmou Biden em um discurso à nação na Casa Branca, durante o qual chamou os militares mortos de "heróis".
Duas explosões deixaram pelo menos 13 mortos e 52 feridos às portas do aeroporto de Cabul, provocando cenas de pânico. O duplo atentado foi reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
Retirada do país permanece
O presidente também garantiu que os Estados Unidos não serão "dissuadidos por terroristas" e irão manter a retirada de milhares de civis do país apesar do atentado.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, convocou uma reunião dos membros permanentes do Conselho de Segurança para discutir a caótica situação no Afeganistão após o atentado em Cabul, informaram diplomatas.
Guterres enviou cartas para convidar formalmente os Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China a se reunirem na segunda-feira (30). Um porta-voz de Guterres confirmou a reunião.
Biden rejeita indícios de 'conluio'
Biden negou haver indicação de um "conluio" entre o Talibã e militantes do Estado Islâmico na realização do atentado em Cabul.
"Até agora, não há evidências dadas por nenhum dos comandantes no terreno de que houve conluio entre o Talibã e o EI para a realização do ocorrido hoje", disse Biden em uma entrevista coletiva na Casa Branca.