Pfizer diz que pílula experimental contra Covid-19 reduziu em 89% risco de hospitalizações e mortes

Farmacêutica quer enviar dados à Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos 'o mais rápido possível'

A farmacêutica Pfizer anunciou, nesta sexta-feira (5), que um teste clínico sobre seu comprimido experimental contra a Covid-19 reduziu em 89% o risco de hospitalização ou morte pela doença em pacientes adultos. Os resultados, no entanto, são preliminares. Ou seja, ainda não foram revisados por outros cientistas nem publicados em revista. 

Segundo o laboratório, o medicamento, que tem o nome Paxlovid, mostrou alto índice de eficácia. Os resultados do teste clínico intermediário são considerados tão positivos que a Pfizer informou a interrupção do recrutamento de novas pessoas.

Também afirmou que enviará os dados para a Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos o mais rápido possível, como parte da "apresentação contínua" para obter a autorização de uso de emergência.

"A notícia de hoje é uma mudança autêntica nos esforços globais para deter a devastação desta pandemia", afirmou o CEO da Pfizer, Albert Bourla.
 

Estudo

A principal análise do teste avaliou os dados de 1.219 adultos na América do Norte, América do Sul, Europa, África e Ásia.

"Estes dados sugerem que nosso candidato a antiviral oral, se aprovado ou autorizado pelas agências reguladoras, tem o potencial de salvar a vida dos pacientes, reduzir a gravidade das infecções porCovid-19 e eliminar até nove em cada 10 hospitalizações", acrescentou Albert. 

Vários laboratórios trabalham em antivirais orais que tentam imitar o que o medicamento Tamiflu faz na ação contar a gripe e que evitariam a evolução da doença para etapas de gravidade.

A Pfizer começou a desenvolver o medicamento anticovid em março de 2020, o primeiro pensado especificamente contra o coronavírus.