O papa Francisco desmentiu os rumores sobre a possibilidade de renunciar ao cargo devido aos problemas de saúde e afirmou que em breve poderia visitar a Ucrânia e a Rússia, em uma entrevista divulgada nesta segunda-feira (4).
"Nunca passou pela minha cabeça. No momento não, no momento não. Realmente!", declarou o pontífice a respeito da renúncia durante uma entrevista concedida à agência de notícias Reuters no sábado em sua residência no Vaticano.
Nas últimas semanas, as fortes dores no joelho direito obrigaram o papa a adiar uma viagem ao continente africano, prevista para o início de julho, o que aumentou as especulações sobre uma possível renúncia, como fez seu antecessor Bento XVI em 2013, alegando falta de forças para desempenhar a função.
Francisco reiterou que renunciaria se a saúde o impedisse um dia de liderar a Igreja. Questionado exatamente sobre isto, o pontífice respondeu: "Não sabemos. Deus vai dizer".
O pontífice argentino explicou que sofreu uma "pequena fratura" no joelho, que foi tratada com laser e terapia magnética.
Papa denuncia "fofocas"
O chefe da Igreja Católica também negou os boatos de que um câncer foi diagnosticado durante a operação para remover parte do cólon em julho de 2021 e denunciou o que chamou de "fofocas".
O papa disse ainda que é "possível" que viaje à Ucrânia "após o retorno do Canadá", previsto para o fim de julho.
"Eu gostaria de ir para a Rússia primeiro para tentar ajudar de uma forma ou outra, mas gostaria de ir às duas capitais, ou seja Kiev e Moscou".