Pais de jovem que diz ser Madeleine McCann se negam a fazer exame de DNA

A polonesa Julia Wandelt acredita ser a menina britânica de 3 anos que desapareceu em Portugal em 2007, mas família nega possibilidade

Os pais da polonesa Julia Wandelt, que se identifica como Julia Faustyna, não querem realizar um teste de DNA para verificar se a moça de 21 anos é realmente filha deles e eliminar a hipótese de ela seja Madeleine McCann — menina britânica de 3 anos que desapareceu em Portugal em 2007 —, como ela afirma. 

A informação foi revelada ao jornal The Sun pela 'vidente' Dra. Fia Johansson, conhecida nos Estados Unidos como "Médium Persa", que auxilia a jovem. Na terça-feira (21), a moça divulgou que os pais de Madeleine, Gary e Kate McCann, aceitaram se submeter a um exame de DNA.

"Queremos ser muito respeitosos com a família McCann e com a privacidade deles, enquanto não sabemos exatamente quem é Julia. Se um membro atual da família fizer um teste de DNA, podemos resolver isso. Mas eles estão se recusando", explicou a representante da jovem ao periódico britânico.

Mãe diz que Julia 'está doente' e nega teoria

Na semana passada, o perfil que Julia Wandelt mantém nas redes sociais para divulgar a suspeita de que seria a criança desaparecida, a conta no Instagram “iammadeleinemccan”, compartilhou trechos de uma suposta conversa com a mãe onde a mulher diz que a garota está doente e causa vergonha à família

No diálogo, a matriarca diz que vai vender a casa e se mudar, porque não quer mais vê-la em razão da vergonha que ela está trazendo para a família. No print, ela também afirma que fotos e fitas cassetes estão em algum lugar na garagem, referindo-se a supostos registros que negariam a tese sobre a jovem ser Madeleine. “Você está doente, Julia. Isso eu vou contar”, escreve a mãe, na conversa.

Ao compartilhar os registros, Julia ironizou o fato de estar sendo considerada louca. Na manhã de sábado (18), ela publicou um vídeo em que afirma ter consultado médicos, psicólogos e especialistas, e eles podem provar que ela não tem delírios.

A jovem também afirmou ser polonesa, e não alemã, como estavam divulgando nos últimos dias, e que recebe muitas mensagens de ódio.

Caso é 'dor desnecessária' para pais de Madeleine

Ao jornal The Sun, fontes próximas aos pais biológicos de Madeleine, Kate e Gerry McCann, disseram que o casal está sendo submetido a uma "dor desnecessária". 

"Tantas alegações falsas foram feitas ao longo dos anos e não precisam de mais." 

Relato de Julia viralizou nas redes

A conta do Instagram em que Julia afirma ser Madeleine foi criada em 14 de fevereiro e rapidamente viralizou. Em alguns dos posts, ela conta que começou a suspeitar que é a menina desaparecida após algumas declarações da avó sobre um pedófilo, mas não dá mais detalhes sobre o assunto.

Ela também diz que tem poucas lembranças da infância e que, em 2018, foi internada em um hospital psiquiátrico, começou a fazer terapia e lidar com memórias de abusos.

Julia compartilhou, ainda, a foto do suspeito de ter sequestrado Madeleine e afirmou lembrar de ter sido abusada por ele. O indivíduo seria o pedófilo alemão Christian B.  

Madeleine hoje teria 19 anos, e Julia tem 21, mas ela justifica a diferença de idade afirmando que uma criança sequestrada pode ter sofrido alterações nos documentos, o que explicaria a divergência.

Na mídia internacional, a história foi repercutida em portais britânicos e algumas páginas de Portugal, Alemanha, França, Argentina, Estônia, Hungria e Polônia.   

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