OMS recomenda redução de parceiros sexuais para evitar transmissão da varíola dos macacos

Doença é, em maioria, transmitida por meio de relações sexuais sem proteção

A Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu, em recomendação, que as pessoas diminuam o número de parceiros sexuais com o intuito de diminuir a transmissão da varíola dos macacos em todo o mundo. 

Conforme o médico Hans Kludge, diretor regional da OMS para a Europa, o surto da doença estaria se espalhando mais rápido por conta da atividade sexual, em grande parte por meio de homens que fazem sexo com homens.

"Muitos, mas não todos os casos, relatam parceiros sexuais fugazes ou múltiplos, às vezes associados a grandes eventos ou festas", explicou em nota oficial. 

Apesar do surto, a doença não é nova. A varíola dos macacos foi diagnosticada pela primeira vez em seres humanos em 1970 e acredita-se que ela é transmitida, principalmente, por meio do sexo sem proteção ou por meio do contato com lesões de pessoas doentes.

Sintomas e transmissão

Os primeiros sintomas da doença são febre, dor no corpo, dor de cabeça e nas costas, além do inchaço nos linfonodos, exaustão, calafrios e bolinhas que aparecem no corpo inteiro.

Primariamente, a varíola passa por contato com esquilos ou macacos infectados, sendo mais comum em países africanos. Até então, cientistas delimitam que a taxa de mortalidade é de 1 a cada 10 infectados, semelhante à primeira cepa da Covid-19.

Entretanto, os especialistas acreditam que o risco de um grande surto é baixo. Parecida com a varíola já conhecida no mundo, a vacina contra a doença também serve para evitar a contaminação.