Os sistemas de saúde da Europa encontram-se sob pressão, após o aumento de hospitalizações devido à contaminação pela variante ômicron nas últimas semanas de 2021. Espanha e Reino Unido têm os piores cenários.
Na Espanha, o primeiro-ministro Pedro Sánchez disse em nota que "o aumento exponencial de casos significa que o atendimento primário não pode executar o rastreamento de contatos e nem as tarefas de vacinação de maneira adequada, e nem suas atividades ordinárias". A afirmação ocorreu após a reincorporação de profissionais de saúde aposentados à rede primária de saúde do nordeste espanhol. A informação foi confirmada pelo jornal El País.
Segundo o Sindicato Espanhol de Enfermagem (Satse), trabalhadores da linha de frente são os mais atingidos pela nova variante, com mais de 30% dos funcionários afastados. Além disso, a região sul da Espanha registrou cerca de 1 mil profisionais contaminados no período das festas do final de ano.
Também nesta segunda-feira (10), o Reino Unido colocou suas principais companhias privadas de saúde em alerta máximo. O país começou a realocar profissionais de saúde militares para hospitais na última sexta-feira (7), após o recorde de infecções pelo novo coronavírus. "A ômicron significa mais pacientes para atender e menos profissionais para atendê-los", disse o diretor médico da NHS, Professor Stephen Powis, à Reuters.