O que aconteceu com Tyre Nichols, jovem morto por policiais no EUA após abordagem violenta

O americano negro morreu após uma abordagem policial. Câmeras registraram a ocorrência e evidenciaram que ele foi vítima de uma ação violenta

O homem negro Tyre Nichols, de 29 anos, morador da cidade de Memphis, nos Estados Unidos, morreu no dia 10 de janeiro de 2023 após ser agredido por cinco policiais também negros no dia 7 do mesmo mês. Vídeos liberados na última sexta-feira (27) registraram as agressões violentas na abordagem policial. 

Tyre Nichols era skatista e fotógrafo e deixou um filho de 4 anos. Nichols foi abordado quando voltava para casa no dia 7 de janeiro. Os policiais alegaram que tentaram prendê-lo, após parar seu carro, por conta de uma infração de trânsito. 

Na versão inicial, os policiais alegaram que quando se aproximaram, houve "confronto" e "o suspeito fugiu". Mas as imagens gravadas por câmeras na rua da ocorrência e também por equipamentos instalados no colete dos policiais, e divulgadas somente sexta-feira (27), evidenciam a abordagem violenta. 

Imagens revelam violência

Nas imagens, um dos agentes puxa Nichols para fora do veículo. E um dos policiais determina que ele se deite no chão. A vítima responde que “não fez nada".  A ação violenta segue com os policiais gritando para Nichols se deitar e ameaçando aplicar choque elétrico. 

Uma luta corporal se inicia. Nichols foi então agredido com socos e chutes pelos policiais, incluindo o uso de um bastão. Os registros gravados pelas câmeras mostram o homem chorando e chamando pela mãe enquanto era socado e chutado múltiplas vezes.

Após a captura, Nichols queixou-se de que estava com dificuldades para respirar. Ele foi hospitalizado, mas morreu dias depois. A morte do jovem tem causado grande revolta nos Estados Unidos e motivado protestos. 

O que aconteceu com os policiais?

Os cinco policiais foram levados para a custódia pelo homicídio. São eles: Tadarrius Bean, Demetrius Haley, Desmond Mills Jr, Emmitt Martin III e Justin Smith. Todos eles foram demitidos na semana passada.

Dos cinco, quatro pagaram fiança e foram libertados na sexta-feira (27) e cada um deles enfrenta acusações de assassinato em segundo grau, agressão agravada, má conduta oficial e opressão oficial.