A primeira de três ondas esperadas de Covid-19 na China já deixou as ruas das principais cidades do país silenciosas no último domingo (18), logo após o aumento de casos no inverno.
Segundo a epidemiologista-chefe do país, Wu Zunyou, outras ondas devem surgir com a tradição dos chineses de retornar às cidades de origem em meio ao feriado do Ano Novo Lunar, em janeiro.
Os testes em massa para o vírus foram encerrados, o que tem gerado dúvida sobre os números oficiais. O total de 2.097 novas infecções sintomáticas por Covid foram registradas na China no dia 17 de dezembro.
Situação nas cidades
Em Pequim, casas funerárias e crematórios têm lutado para atender à demanda grande, enquanto precisam lidar com trabalhadores e motoristas positivando para a doença.
Já em Xangai, a maioria das escolas foi incentivada a ministrar aulas online a partir de segunda-feira (19), justamente por conta do aumento dos casos. Em Hangzhou, cidade vizinha, o semestre de inverno pode acabar mais cedo pelo mesmo motivo.
O epidemiologista-chefe do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças apontou que o surto atual deve atingir pico na virada do ano, acarretando três ondas por cerca de três meses.
Apesar de ter lançado as primeiras vacinas contra a Covid em 2021, as taxas de vacinação na China entre pessoas com 60 anos ou mais mudaram pouco, ainda abaixo do aguardado.
Enquanto isso, apenas 66,4% das pessoas com mais de 80 anos concluíram o esquema completo de vacinação, apontou a agência oficial Xinhua.