O papa Francisco iniciou, nesta terça-feira (24), véspera de Natal, o "Ano Santo" de 2025 da Igreja Católica. O religioso abriu a Porta Santa da basílica de São Pedro, no Vaticano, simbolizando o início do Jubileu "ordinário".
Na presença de quase 30 mil pessoas e com transmissão para todo o mundo, o jesuíta argentino comandou, sentado em uma cadeira de rodas, uma longa procissão, sob o barulho dos sinos.
Em seguida, Francisco celebrou a tradicional Missa do Galo. "Pensemos nas guerras, nas crianças metralhadas, nas bombas sobre escolas e hospitais", disse, em referência aos bombardeios de Israel em Gaza.
Ao meio-dia de quarta-feira (25), dia de Natal, quando papa pronunciar a tradicional bênção "urbi et orbi" (para a cidade e o mundo), espera-se que ele renove seus apelos a um cessar-fogo no Oriente Médio e no resto do mundo.
Jubileu
Organizado a cada 25 anos pela Igreja Católica, o Jubileu é considerado um período de conversão e penitência para os fiéis e é acompanhado por uma longa lista de eventos culturais e religiosos.
Para receber o Jubileu, a cidade de Roma efetuou obras importantes, com a restauração de monumentos e praças do centro histórico.
Entre as mais emblemáticas está um túnel perto do castelo de Sant'Angelo, perto do Vaticano, inaugurado na segunda-feira pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que considerou a conclusão do projeto um "pequeno milagre".
A edição deste ano, chamada "Peregrinos da Esperança", reunirá grupos de todos os setores: jovens, migrantes, artistas, músicos, associações, o mundo do esporte, empresarial e da educação.
A associação italiana católica LGBT+ 'La Tenda di Gionata' se inscreveu no site oficial da peregrinação no início de setembro, em um momento em que o papa argentino faz cada vez mais apelos para que a igreja se abra a "todos".
A abertura da Porta Santa será seguida nos próximos dias pelas de outras três grandes basílicas de Roma (Santa Maria Maior, São Paulo Extramuros e São João de Latrão) e de milhares mais nas igrejas de todo o mundo.
Fiel à sua defesa dos marginalizados, Francisco celebrará esta tradição na quinta-feira na prisão romana de Rebibbia, onde presidirá uma missa
Em 2016 foi celebrado um Jubileu "extraordinário" com o lema do perdão. O próximo acontecerá em 2033 para recordar a crucificação de Cristo.